A Foxconn, conhecida também como Hon Hai, construiu um grande império na montagem de componentes eletrônicos e atualmente é uma das maiores do ramo, com mais de 800 mil funcionários e distribuição para grupos como a Apple. Seu fundador Terry Gou afirmou à Reuters que, pela primeira vez desde a fundação, em 1974, vai se afastar das atividades operacionais diárias da gigante taiwanesa.
Gou pretende passar adiante sua experioência e conhecimento aos mais jovens
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“Já estou com 69 anos e posso passar adiante meus 45 anos de experiência. Esse é o objetivo que firmei — deixar que os jovens aprendam, assumam responsabilidades e substituam minha posição mais cedo. Ainda estarei envolvido com as principais decisões sobre as direções que a empresa vá tomar, mas não estarei mais envolvido nas atividades operacionais diárias”, afirmou o executivo.
Gou detém 9,4% das ações da Foxconn e pretende fazer isso nos próximos meses, enquanto alinha tudo com o conselho da empresa. Ele acrescentou que um anúncio será feito aos acionistas durante a reunião anual, em junho, mas por enquanto não citou nomes sobre quem pode substituí-lo. O atual chefe da Foxconn Interconnect Technology, Lu Sung-Ching, está entre os potenciais candidatos.
Renúncia em momento crítico
O afastamento de Gou acontece em um período crítico para a Foxconn, que atualmente tenta diminuir a dependência da Apple em sua receita anual. Atualmente, a parceria resulta em algo em torno de 50% da receita anual da fabricante taiwanesa.
Com a queda nas vendas de iPhones vem também menos pedidos de componentes e a própria Maçã também vem procurando meios de solucionar sozinha sua demanda. Isso preocupa os acionistas, que veem sua “galinha dos ovos de ouro” aos poucos deixando sua folha de pagamentos.
Fonte: Wisconsin State Journal
O centro de fabricação altamente divulgado da Foxconn em Wisconsin também parece estar passando por dificuldades. A empresa recebeu um pacote de subsídio de US$ 4,5 bilhões para uma fábrica de telas LCD chamada por Trump de "oitava maravilha do mundo". Quase um ano depois, muitos de seus edifícios ainda estão vazios.
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