Gerard Williams III, um dos principais engenheiros de semicondutores e diretor sênior de arquitetura de plataformas, deixou a Apple no último mês de fevereiro.
Williams trabalhou por 12 anos na ARM e se juntou à Apple em 2010. De lá para cá, ele liderou o desenvolvimento de todos os processadores criados pela empresa, do modelo A7 (o primeiro processador de 64 bit para smartphones e tablets, lançado em 2013) até o A12X, que equipa o atual iPad Pro, que a empresa afirma ser mais poderoso que 92 por cento dos computadores portáteis do mundo.
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Fonte: Divulgação/Apple
Em 2017, quando o arquiteto de SoC Manu Gulati deixou a Apple para ir trabalhar na Google, Williams assumiu suas atribuições. Agora, além de supervisionar o desenvolvimento dos chips da linha A, ele passava a supervisionar, também, o desenvolvimento da arquitetura SoC, que é responsável por agregar componentes extras como chip gráfico, memória RAM e, em alguns casos, o modem.
Ao longo de nove anos na Apple, Williams acumulou a criação de mais de 60 patentes junto à companhia.
Desde 2010, ela vem desenvolvendo seus processadores para dispositivos móveis, o que lhe permitiu evoluir e se diferenciar das concorrentes que, em grande parte, dependem das CPUs fabricadas pela Qualcomm. Ultimamente, ela vem demonstrando interesse em criar suas próprias CPUs para computadores Mac e MacBooks.
Williams foi bastante responsável por essa evolução e salto de desempenho dos chips da linha A. Sua saída pode ter um impacto significativo para a Apple, já que ela tem contratado engenheiros de várias partes do mundo, a fim de criar cada vez mais componentes próprios e deixar de depender de empresas parceiras.
Exemplos desta tendência são componentes como o chip Bluetooth que conecta os AirPods ao iPhone e o sensor de biometria de seus gadgets.
No momento, nem Williams nem a Apple se manifestaram sobre o ocorrido, mas, de acordo com a CNET, ele ainda continua desempregado.
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