Embora os smartphones e tablets muitas vezes possam substituir tarefas realizada em computadores, eles ainda não conseguem fazer tudo o que uma máquina dedicada faz. Por isso mesmo é que os PCs continuam em alta nos últimos anos. Em 2017, o crescimento nos últimos três meses do ano foi de 15% e em 2018 a alta foi de 7,5% no mesmo período.
Os números são do estudo IDC Brazil PCs Tracker Q4/2018. Dos 1,445 milhão de vendas final da temporada passada, 1,22 milhão foram de notebooks, o que representa 5,5% a mais do que no mesmo período de 2017. Já a comercialização de desktops caiu 17%, com saída de 424 mil unidades.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Vendas na Black Friday não foram tão bem quanto deveriam, diz analista
“A queda foi puxada pela performance baixa do varejo. A Black Friday não foi tão forte quanto deveria e o consumidor também já tinha feito compras no ano anterior, ou seja, não teve tanta urgência na troca”, comenta Wellington La Falce, analista de pesquisa da IDC. No varejo, foram vendidos 902,5 mil equipamentos, 2,3% a menos do que de outubro a dezembro de 2017.
O mercado corporativo reduziu os investimentos em 2%, com 543 mil unidades vendidas, e o governo diminuiu as compras em 29% — o que era esperado, por conta das eleições e da oscilação das confiança das companhias devido ao preço do dólar. Ainda assim, esse setor foi muito importante para a tendência de crescimento.
Fonte: CNet
A receita total aumentou 17%, com R$ 10,330 bilhões vindos de notebooks e R$ 3,665 bilhões de desktops. Dos 5,575 milhões de computadores vendidos em 2018, 3,920 milhões foram notebooks e, desses, 903 mil foram para empresas. Em termos de preço, os laptops ficaram 10% mais caros, custando, em média R$ 2.665, e as máquinas de mesa aumentaram 8%, com preço médio de R$ 2.212.
Previsão para o trimestre
Mesmo com o crescimento dos dois últimos anos, a IDC Brasil prevê dificuldades no setor nesses três primeiros meses de 2019. “No fim de 2018, o mercado não vendeu tanto quanto esperava e o ano virou com os estoques cheios. Pode não haver abastecimento no varejo nos primeiros meses. Além disso, os preços podem aumentar de novo, caso as liminares contra o fim dos incentivos da Lei de Informática sejam derrubadas, impactando os preços no varejo”, adianta La Falce.
O mercado corporativo também deve sofrer queda. “As empresas estarão apreensivas em relação à tributação. A mudança de governo foi vista com boas perspectivas, mas enquanto não concretizar seus planos, o mercado vai segurar os investimentos.” Tudo isso pode resultar em uma retração de 7,5%, com a venda de 1,230 milhão de unidades no Q1 desta temporada.
Fontes
Categorias