A Amazon abriu mão da proibição de que vendedores parceiros listem os produtos com preços mais baixos em outros sites, de acordo com informações do Axios — a chamada política de paridade de preços poderia ser enquadrada como uma violação da lei antitrustes dos Estados Unidos. A rede de televisão CNN afirma que a empresa confirmou a mudança, que foi implantada na última segunda-feira (11), mas não comentou a decisão.
A alteração acontece em um momento em que o poder da empresa, avaliada em mais de US$ 1 trilhão (aproximadamente R$ 3,8 trilhões), tem sido contestado por políticos estadunidenses. O valor de mercado da Amazon já é maior que o Produto Interno Bruto (PIB) de alguns países, como Argentina.
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(Reprodução/Pexels)
Um dos questionamentos foi feito pelo senador democrata Richard Blumenthal, que em dezembro escreveu uma carta ao Departamento de Justiça e à Comissão Federal de Comércio dos EUA, solicitando investigação sobre como a política de paridade de preços poderia estar prejudicando a concorrência e os consumidores, que encontrariam preços artificialmente inflados durante o período de compras de fim de ano. Em comentário à CNN, o político encarou a mudança feita pela Amazon de forma positiva, mas disse continuar preocupado com a falta de ação das autoridades federais responsáveis por fiscalizar o problema.
Além de Blumenthal, a também senadora Elizabeth Warren declarou, na semana passada, a intenção de separar grandes empresas de tecnologia em outras menores. De acordo com ela, que está disputando a vaga para candidata à presidência pelo Partido Democrata, essas companhias têm muito poder sobre a economia, a sociedade e a democracia.
Em 2013, a Amazon alterou sua política de preços na Europa, depois de se encontrar em meio a investigações conduzidas por autoridades britânicas e alemãs. No ano passado, foi noticiado que a empresa também estava sendo investigada por uma agência de combate a trustes na Alemanha.