A Huawei, terceira maior fabricante de smartphones do mundo, já esteve por aqui, mas não obteve tanto sucesso porque os consumidores estavam mais de olho em seus produtos premium do que nos aparelhos de entrada ou intermediários. Agora, 4 anos depois de seu fechamento, ela retorna ao Brasil, com previsão de smartphones top de linha a partir de maio.
De acordo com o Estadão, a chinesa deve trazer o que há de mais recente em seu portfólio. Quando esteve em solo tupiniquim pela primeira vez, a companhia não era muito conhecida, e os produtos chineses ainda não eram tão bem recebidos por grande parcela dos compradores como é atualmente. A combinação com a alta do dólar contribuiu para o fechamento das portas.
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Neste momento inicial, o modelos devem ser importados, e a estreia deve ser com o P20 Pro. A distribuição e a assistência técnica devem ficar por conta da Positivo. A ideia é montar os aparelhos localmente até o final do ano e “parceiros ainda estão sendo avaliados”, assim como “um time local com áreas de logística, vendas e marketing, está sendo contratado”.
Empresa quer a liderança do mercado brasileiro
A Huawei vem apostando em inovação e há poucos meses foi a primeira a trazer o primeiro smartphone com três lentes traseiras — e com sensores da elogiada alemã Leica. O dobrável Mate X, mostrado recentemente, também aumenta as credenciais da companhia no setor, inclusive com a aposta no 5G — que, aliás, recebe investimentos da chinesa para seu desenvolvimento no Brasil.
Isso tudo levou os 5,5% de participação no mercado global em 2014 para 13% em 2018, segundo a firma de consultoria Gartner. Somente no ano passado, as vendas em unidades subiram 35%, com números à altura da Samsung e da Apple.
Para crescer aqui, a meta é usar a longa parceria com operadoras e alinhar acordos com varejistas, enquanto aumenta sua visibilidade. “Preço vai ser importante, mas a empresa terá que convencer que é melhor que a Apple e a Samsung”, diz Renato Meirelles, analista da IDC.
P20 Pro. Fonte: Huawei
De acordo com os especialistas, vender os aparelhos top de linha é uma estratégia acertada — embora também haja plano para montagem dos mais simples por aqui. “O brasileiro não está mais comprando seu primeiro celular, mas trocando seu aparelho por modelos mais caros.”
E você, o que acha da volta da Huawei? Qual lançamento gostaria de ver por aqui?
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