A MWC 2019 está rolando e não são apenas novidades para fora do país que são reveladas lá: presente no evento, o presidente da Anatel Leonardo de Morais revelou que já está marcada a data do leilão de frequências para o funcionamento das redes de internet móvel com tecnologia 5G – março de 2020.
Segundo Morais, serão colocados à venda 200 MHz na frequência de 3,5 GHz; 100 MHz na frequência de 2,3 GHz e 10 MHz da sobra da frequência de 700 MHz. A consulta pública do edital será lançada no segundo semestre deste ano, informou.
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De olho nas mudanças
Conforme o presidente da Anatel, haverá mudanças importantes no formato do edital a ser lançado. Serão exigidas metas de cobertura para as empresas que comprarem as frequências mais baixas e metas de capacidade para a frequência de 3,5 GHz, o que nunca havia sido exigido pela Anatel.
Leonardo de Morais disse ainda que a agência já estuda o refarming da frequência de 3,4 GHz, e que, no futuro, poderá também destinar mais 200 MHz para a banda larga móvel. “No futuro poderemos ter outros 200 MHz quando fizermos o refarming desta faixa”, assinalou.
Boicote das operadoras?
O presidente não acredita que haverá boicote por parte das operadoras de celular instaladas no país contra o leilão, tendo em vista que pelo menos uma operadora, a TIM, já se manifestou publicamente em favor da venda dessas frequências. Mas outras três grandes – Claro, Oi e Vivo – alegam que essa venda é muito prematura, tendo em vista que ainda estão remunerando os gastos realizados com a compra da frequência da 4G, de 700 MHz, que ainda não foi totalmente desocupada pela TV aberta.
Leonardo de Morais disse não temer a judicialização da venda da faixa de 3,5 GHz, que já foi colocada à venda pela agência duas outras vezes, sem sucesso. “Estamos muito bem fundamentados, embora reconheça a grande importância da televisão como principal canal de entretenimento da população brasileira”, completou.
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