A TIM quer que o leilão das frequências dedicadas ao 5G no Brasil aconteça o quanto antes, segundo declarou Sami Foguel, presidente da operadora no país. Para ele, a nova tecnologia é uma oportunidade de forçar a concorrência baseada em qualidade de serviço e não em preço, como tem sido o caso nos últimos meses.
Foguel falou com jornalistas e investidores durante uma conferência para publicar os resultados fiscais da operadora referentes ao quarto trimestre de 2018. "O ideal é que o leilão aconteça em no máximo um ano para termos mais um ano para a implementação da rede e dos serviços", comentou o executivo.
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Parece que a TIM é a única operadora ansiosa para operar o 5G no Brasil
Infelizmente, parece que a TIM é a única operadora ansiosa para operar o 5G no Brasil. As outras três grandes estariam, de acordo com o Convergência Digital, sugerindo que o leilão das frequências acontecesse só no fim de 2020, em praticamente dois anos. Vários países já começaram a operar com o 5G em 2019, e os primeiros celulares compatíveis têm sido lançados nos últimos meses.
Em 2018, a Anatel falava em um possível leilão para 2019, mas considerando que as maiores operadoras poderiam ter alguma influência nesse cronograma, existe a possibilidade de ficarmos esperando dois anos para as definições de frequências e, então, mais um ano para as primeiras cidades começarem a receber a tecnologia.
Redes antigas unificadas
Outra proposta revelada pela TIM durante a conferência é a de que todas as grandes operadoras possam unificar sua estrutura nas tecnologias 2G e 3G para que houvesse apenas uma rede compartilhada por todas elas. O objetivo, de acordo com Leonardo Capdeville, chefe de inovação na TIM, é economizar.
Com apenas uma rede, os custos de manutenção seriam compartilhados, fazendo com que as redes mais antigas não gerassem prejuízo a nenhuma empresa. Isso porque o 3G e o 2G estão sendo abandonados pelos usuários rapidamente, mas não se sabe exatamente quando essas tecnologias poderão ser totalmente desligadas.
Ainda não está claro quando haverá um desligamento
“Ainda não está claro quando haverá um desligamento. O que está clara é a vontade de buscar um compartilhamento dessas redes para ter algum tipo de rede única ou ran sharing e evitarmos altos custos de manutenção”, defendeu Capdeville.
A TIM também estuda realocar parte das faixas de frequência que ela dedica hoje ao 2G e 3G para que reforcem a crescente demanda pelo 4G. Não se sabe, contudo, se isso afetaria de alguma forma o desempenho das tecnologias mais antigas.
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