Programador chinês usa falha e saca mais de US$ 1 milhão em caixa de banco

Imagine a seguinte situação: há uma pessoa que trabalha com programação em um banco, e ela não está feliz com seu trabalho. Então, essa pessoa tenta bolar um belo esquema para que os caixas eletrônicos com o sistema deste banco liberem dinheiro livremente. Parece o enredo de um filme de ação, mas saiba que este caso realmente ocorreu.

De acordo com os jornais chineses The South China Morning Post e Daily Economic News, Qin Qisheng, um programador-sênior de 43 anos de idade, conseguiu sacar mais de 7 milhões de yuan - um valor que equivale a aproximadamente 1 milhão de dólares - de caixas eletrônicos operados pelo Huaxia Bank. Parece loucura, mas o que ele fez foi simplesmente explorar uma brecha.

Imagem: Reprodução/Reuters

Segundo as reportagens, o sistema do banco não fazia um registro muito bom dos saques que eram feitos por volta da meia-noite: o usuário podia tentar retirar certa quantia de dinheiro e, assim, o caixa liberava o valor sem debitar a quantia total da conta. Claro que, em condições normais, este tipo de funcionamento mostraria pelo menos um aviso indicando que houve um problema na transação. Porém, Qisheng instalou scripts no sistema que evitavam estes alertas.

Então, após a mudança, ele começou a sacar dinheiro em novembro de 2016. Entretanto, foi só em janeiro de 2018 - depois de 1358 saques - que o banco percebeu que havia algo de errado no código do sistema e levou o criminoso às autoridades. Para completar, o banco não quis continuar insistindo nas acusações depois que Qisheng devolvesse o dinheiro - talvez por temer uma publicidade negativa, a Huaxia Bank pediu para a polícia abandonar o caso.

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O banco aceitou a explicação de Qisheng: ele alegou que estava simplesmente testando o sistema de segurança do banco e guardando o dinheiro até que a instituição o pedisse de volta - afinal, quem nunca, né? Claro que o tribunal não gostou da história, e Qisheng foi condenado a 10 anos e meio de cadeia após perder o julgamento. Como ele moveu o dinheiro para sua conta pessoal ao invés da conta do banco e investiu em algumas ações, o júri não aceitou seus argumentos.