John McAfee, o “Hunter Thompson da tecnologia” e criador de um dos softwares antivírus mais populares do mercado, tem um vasto antecedente de maluquices no currículo e agora surge com mais uma proposta um tanto quanto curiosa para sua candidatura à presidência dos Estados Unidos em 2020. Em exílio devido a complicações com a Receita Federal ianque, ele encontrou uma solução que envolve um exército de mascarados e smart speakers.
“Hoje um grande júri foi convocado pela Receita Federal para indiciar Janice (esposa de John McAfee) e eu e quatro trabalhadores de campanha ainda sem nome, por várias questões de fraude fiscal", disse, em um vídeo postado no Twitter, a partir de seu “barco da liberdade em águas tropicais desconhecidas”.
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A saída para divulgar os planos de sua campanha ficam, então, um tanto quanto complicadas com sua ausência, certo? Para McAfee, nem tanto. O plano é o seguinte: os milhares de voluntários devem usar máscaras com seu rosto, em dois grupos. Os chamados “road warriors” devem aparecer em locais públicos “representando” o candidato enquanto suas palavras ecoam em alto-falantes inteligentes — com direito a rodadas de perguntas e respostas de forma remota.
How we will run my campaign in exile: pic.twitter.com/evqxZQRTxH
— John McAfee (@officialmcafee) 23 de janeiro de 2019
Já a segunda equipe apareceria com seu cosplay em comícios e conferências, também com ajuda de gadgets, para fazer uma espécie de videoconferência onipresente. “Vou para as conferências com substitutos. Estarei olhando as pessoas através de uma câmera, respondendo e fazendo perguntas e apertando as mãos enquanto digo aos meus suplentes para fazer o mesmo.”
Segundo o próprio McAfee, já há “centenas” de pessoas assinando para ser seus “avatares” na campanha, no melhor estilo ciberativista. Lançada em junho de 2018, sua candidatura prevê uma “criptocomunidade” com dinheiro físico próprio e amplo uso de tecnologia blockchain. E aí, será que essa estratégia vai vingar?
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