O EETimes divulgou uma notícia onde sugere que a Intel estaria interessada em comprar a AMD ou, no mínimo, contratar sua CEO, a doutora Lisa Su. O site afirma que alguns executivos C-Level da Intel comentaram, durante a CES 2019, sobre tal interesse da companhia.
Se a notícia tivesse sido divulgada há 10 anos, provavelmente seria tratada como uma verdade imediata por muitos leitores. Aliás, esse rumor já foi veiculado em outras épocas. No entanto, a situação das duas empresas era bem diferente do que encontramos hoje. A própria CES 2019 serviu para esclarecer o momento atual de ambas as fabricantes de chips.
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A Intel reapresentou sua plataforma Lakefield (Foveros 3D) que, apesar de parecer promissora, ainda não está muito bem direcionada no mercado, nem possui parceiros à vista. Em outro ponto da apresentação, ela revelou o Projeto Athena, que promete ser uma espécie de segunda revolução no segmento de ultrabooks. Por fim, ela falou de sua nova linha de processadores que, enfim, estrearão uma microarquitetura fabricada em 10 nanômetros, e que só deve chegar ao mercado no final de 2019.
Já a AMD, reapresentou os novos EPYC Rome, de 64 núcleos e 128 threads, citou o lançamento dos Ryzen de terceira geração, que devem chegar no meio do ano, com processo de fabricação em 7 nanômetros, apresentou sua volta ao mercado de GPUs high-end para gamers, com a Radeon VII, primeira placa de vídeo fabricada em 7 nanômetros, e ainda divulgou sua parceria com fabricantes de notebooks para implementar as CPUs Ryzen mobile de segunda geração.
Além das leis antimonopólio, que poderiam impedir a compra da AMD pela Intel, se essa fusão viesse a acontecer, a AMD teria muito mais a perder do que a ganhar. Sem contar o mercado de uma forma geral, já que as duas companhias vêm travando uma concorrência no segmento de CPUs que não víamos desde o início de década passada.
No mais, a empresa do time azul já contratou parte da equipe que desenvolveu as GPUs Radeon Vega, incluindo seu líder, Raja Koduri, no final de 2017. O próximo passo da Intel no segmento de GPUs é concorrer justamente com a AMD e NVIDIA, a partir do lançamento de sua primeira placa de vídeo dedicada, previsto para 2020.
Se essa jogada da Intel se traduzir em mais opções de placas e preços mais baixos, então vamos deixar as coisas como elas estão.
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