Apple e Qualcomm mantêm uma disputa judicial sobre patentes que já dura dois anos e parece longe do fim. Agora, mais um episódio dessa novela apimenta ainda mais essa briga: a Maçã afirma que gostaria de usar os componentes da fabricante de chips em seus iPhones mais recentes (Xr, Xs e Xs Max), mas não pôde justamente por conta do processo em andamento.
Falta dos chips da Qualcomm deve atrasar a entrada da Apple no mercado 5G
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
A revelação foi feita pelo COO da Gigante de Cupertino, Jeff Williams, durante seu testemunho ao órgão regulador do mercado ianque, o Federal Trade Comission (FTC), nesta segunda-feira (15). A declaração faz parte do julgamento e, segundo o CNet, o executivo afirma que a Qualcomm atualmente só continua fornecendo itens para os iPhones mais antigos, até o 7 e o 7 Plus — os últimos antes do início do litígio.
Williams também afirmou que paga caro por cada modem utilizado nos iPhones, US$ 7,50 por dispositivo — ele diz que um valor mais “justo” seria de US$ 1,50. Além disso, ele adiantou que a dependência de chips da Intel para conectividade deve atrasar o uso do 5G nos próximos aparelhos, já que seus modems só devem estar preparados para a próxima geração de internet móvel em 2020.
Fonte: Engadget
“Não conseguimos fazer com que eles nos apoiassem em nossas novas conquistas em termos de design no passado (quando a Apple entrou com processo) e isso tem sido um desafio para nós”, comentou Williams. “A estratégia foi também de manter duas fontes de fornecimento em 2018 (de modems). Estávamos trabalhando para fazer isso com a Qualcomm, mas, no final, eles não nos apoiariam e nem mesmo venderiam processadores.”
Bem, enquanto o conflito continua, isso pode ser especialmente ruim para a Apple, pois assim os iPhones devem estrear suas versões com 5G um pouco mais tarde no mercado — enquanto rivais como Samsung e LG, que vão usar o modem X50 da Qualcomm; além das companhias chinesas, já estarão com seus produtos nas prateleiras.
Fontes