Um grupo formado por funcionários da Google vão fazer uso do Instagram e do Twitter no próximo dia 15 de janeiro para colocar em ação uma campanha que busca conscientizar as pessoas sobre os diversos tipos de assédio que acontecem no ambiente de trabalho em empresas de tecnologia e pressionar essas companhias a mudar suas práticas abusivas contra seus colaboradores.
As leis trabalhistas norte-americanas são diferentes das brasileiras e muitas coisas acabam funcionando de maneira diferente lá. Uma delas, é a chamada forced arbitration (arbitragem forçada), que nada mais é do que um acordo feito previamente entre funcionário e empregador que tira o direito do trabalhador de processar uma empresa por abusos no ambiente de trabalho. O problema é que, muitas vezes, a pessoa é obrigada a assinar um termo desse tipo para ganhar a vaga que deseja.
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Lutando por um trabalho digno
Muitas das grandes empresas de tecnologia deixaram de adotar essa prática em casos de assédio sexual, que assolou muitas delas nos anos recentes. Ainda assim, a arbitragem forçada continuava valendo em casos de assédio moral, racismo e outros tipos de discriminação, o que deixava os funcionários reféns de um acordo onde podiam ser maltratados e não teriam condições de se defender pela justiça. É com essa prática que o grupo de funcionários quer acabar.
Na próxima terça feira, dia 15 de janeiro, das 12h às 21h (horário de Brasília), o grupo planeja compartilhar informações sobre arbitragem forçada de hora em hora no Twitter por meio desse perfil, assim como depoimentos de funcionários e entrevistas com especialistas a cada meia hora no Instagram usando essa conta. A Google foi procurada, mas preferiu não se pronunciar sobre o assunto.
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