Algumas semanas após o chefe financeiro da Huawei ter sido preso no Canadá com base em um mandado emitido nos Estados Unidos, várias companhias chinesas começaram a aplicar medidas drásticas para apoiar a fabricante local de eletrônicos. De acordo com a mídia da terra da Muralha, companhias tanto dentro quanto fora do mercado de smartphones anunciaram que vão ajudar na compra de celular da Huawei e aplicar punições contra funcionários que adquirirem iPhones.
No total, mais de 20 empresas chinesas de ramos variados anunciaram que vão aumentar suas compras de produtos Huawei após o Governo dos EUA ter alertado aliados para que não usem smartphones ou equipamentos de rede fabricados pela companhia por medo de espionagem. Enquanto algumas firmas da China revelaram planos de subsidiar 10 ou 20% dos preços de celulares da fabricante comprados por seus funcionários, algumas chegaram a prometer devolver o valor total dos dispositivos adquiridos pelos colaboradores.
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Segundo representantes do governo chinês, centenas de negócios locais estão oferecendo planos similares por todo o território nacional. Parte deles inclui também produtos da ZTE, que também foi considerada uma ameaça pelo governo Trump e chegou a ser banida da terra do Tio Sam – o que quase fez com que a companhia tivesse que encerrar suas atividades.
Guerra comercial
As ações tomadas pelas empresas chinesas, no entanto, não incluem apenas benefícios para quem apoiar as firmas conterrâneas, mas também punições contra quem demonstrar suporte à estadunidense Apple.
Uma fabricante de máquina localizada em Shenzhen, onde fica a sede da Huawei, ameaçou confiscar iPhones vistos em posse de seus funcionários e demitir os donos dos aparelhos. Outra pretende multar empregados que comprarem aparelhos da Maçã no mesmo valor dos dispositivos adquiridos. Agora resta esperar para ver qual vai ser a resposta da Apple e da Casa Branca.