A tecnologia que existe hoje pode nos ajudar a resolver problemas graves, como o aquecimento global, doenças sem cura, fome, falta de água, escassez de energia renovável e muito mais – e é isso que o IBM Cloud Discovery chegou para mostrar. Na ocasião, a empresa reuniu exemplos de casos de sucesso e mentes inovadoras do país inteiro para explicar como a nuvem, a internet das coisas, a inteligência artificial e o blockchain já estão sendo utilizados para encarar esses e outros desafios no Brasil e no mundo.
Para quem não sabe, o evento realizado em São Paulo nos dias 8 e 9 de outubro foi a primeira edição brasileira do IBM Cloud Discovery, que tem o objetivo de contextualizar as mudanças que as novas tecnologias estão trazendo para a vida das pessoas. Além disso, a ocasião serve para demonstrar que as empresas devem reagir de forma mais rápida, o que pode ser viabilizado pelas soluções da nuvem da IBM.
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“Nós éramos conhecidos já pelos serviços de Watson, de computação cognitiva, da nossa plataforma como serviço, que era o Bluemix. Mas, quando juntamos IA, infraestrutura como serviço e plataforma como serviço, criamos um poder de oferecer opções para que o cliente possa inovar e trazer seus workloads para a nuvem. Algo que o mercado brasileiro não conhecia sobre nós nesse nível de detalhe”, afirma Marcelo Braga, vice-presidente da IBM Cloud Brasil.
Tecnologia transformadora
O evento contou com a presença gratuita de pelo menos 2.000 participantes, além de muitos outros acompanhando as transmissões pela internet. No primeiro dia, o futurólogo Rudy de Waele apresentou um keynote explicando como a tecnologia que existe hoje pode ser usada para resolver alguns dos problemas mais sérios encarados pela humanidade, desde que as empresas estejam dispostas a deixar a antiga lógica industrial para trás e passem a realmente conhecer os clientes para se adaptar à nova realidade.
O VP de Cloud da IBM Brasil, Marcelo Braga, falou também sobre como a tecnologia da nuvem da IBM, o Watson e outras soluções atuais podem deixar de ser só mais um hype de disrupção. Tudo isso é facilitado pela IBM graças ao conceito de multicloud, que permite que cada cliente escolha livremente os tipos e fornecedores de tecnologias de nuvem que mais se adaptem às necessidades de cada momento.
“Esse somatório de poder de processamento abundante, dados em grandes quantidades e inteligência permite criar uma intimidade individual com o cliente. É você conhecê-lo individualmente, de uma forma muito mais ampla, barata e rápida. Então, a grande transformação é como conseguimos antecipar as demandas dos clientes mais rapidamente, com menor custo, gerando insights adicionais e ajudando a empresas a propor novos produtos e serviços, além de melhorar os que elas já têm hoje”, acrescenta o executivo.
Exemplos para seguir
Empresas variadas puderam aproveitar a ocasião do IBM Cloud Discovery para falar sobre como a nuvem da IBM, o Watson e o IBM Garage permitiram transformar seus próprios negócios – incluindo a NZN, da qual o nós do TecMundo fazemos parte. Distribuídos ao longo dos dois dias, foram mais de 50 sessões tecnológicas e de negócios e ao menos 10 laboratórios de experiência hands-on, mostrando como as principais tendências em IA, IoT, Blockchain, análise de dados e segurança digital vêm sendo reinventadas e viabilizadas com ajuda da nuvem.
Aproveitando esse ambiente de integração e renovação tecnológica do evento, a IBM divulgou novidades interessantes sobre seus negócios. “Anunciamos aqui uma parceria com a Embratel, unindo nosso portfólio às soluções que eles entregam aos seus clientes para abrir um mercado muito grande para ambas a empresas. Dentro da plataforma de cloud privada da IBM, divulgamos a disponibilização de vários serviços do Watson que agora podem rodar dentro da casa dos nossos clientes. E ainda revelamos a nossa primeira referência pública de ICP no Brasil, que foi o caso da implementação da gestão OpenStack multicloud pela Fidelity usando a nossa solução”, explica Braga.
Colocando as mãos na massa
Somando-se a tudo isso, o IBM Cloud Discovery abrigou o BlueHack, que é um programa aberto de inovação feito para aproximar desenvolvedores e clientes da IBM. Eles realizam treinamentos e lançam desafios do dia a dia das grandes empresas para que os programadores, designers e empreendedores possam se unir em uma maratona de desenvolvimento com o objetivo de resolver esses problemas.
“Uma coisa é você só fazer uma palestra para as pessoa, e outra é pegar desafios reais e colocar a turma para meter a mão e resolver. Fazer funcionar na prática. Então a maratona de programação casou muito bem com o conceito do evento de cloud”, diz Henrique von Atzingen, líder do THINKLab e um dos responsáveis pela organização do BlueHack.
Programação pelo bem da sociedade
Nessa edição do evento, foram três desafios apresentados envolvendo problemas importantes enfrentados hoje no Brasil e no mundo. Um deles foi proposto pelo Grupo Fleury, que está pensando em como melhorar a jornada digital dos seus clientes permitir que ele use aplicativos e sites para facilitar o agendamento de consultas e o recebimento dos exames, tornando todo o processo mais fácil.
Outro desafio foi proposto pela Copersucar, que abordou o tema do consumo de combustíveis sustentáveis, buscando soluções que incentivem as pessoas a pensar na emissão de gás carbônico na hora de escolher entre abastecer seus carros com gasolina ou etanol. Por fim, a ONU, em parceria com a ONG ASBRAD, desafiou os desenvolvedores a pensar em maneiras de combater o tráfico de seres humanos, que hoje afeta centenas de milhares de pessoas no mundo.
Falando sobre o benefício do envolvimento de pessoas de áreas diversas em questões tão importantes, a gerente de Cidadania Corporativa da IBM Brasil, Juliana Nobre, ressalta os benefícios da união de tipos diferentes de ideias e soluções. “A tecnologia de alto impacto pode ajudar em um desafio que é puramente humano. Quando falamos da atuação da IBM com os Direitos Humanos, atuamos no nível dos indivíduos, e acredito não existir nada mais crítico do que essa questão do tráfico humano”.
Soluções vencedoras
Depois de muita troca de ideias, interação e cerca de 30 horas de atividades e programação, os vencedores de cada desafio foram chamados ao palco pelo Jovem Nerd para receber um troféu. Para simplificar a experiência de marcar exames médicos e tirar dúvidas, o grupo Pegasus criou um chatbot chamado “Fê do Grupo Fleury”, que pode ser integrada a canais que vão de SMS até mensageiros e sites para conversar com os clientes de forma proativa e reativa, tornando a experiência de uso mais simples.
Já o time Etanóis venceu a disputa da Copersucar com a criação do aplicativo Etanol+, que estimula os usuários a abastecer seus carros com o combustível renovável. Tirando uma foto da nota fiscal do abastecimento, o app consegue calcular quanto gás carbônico a menos o veículo vai emitir em comparação a um automóvel movido a gasolina. O valor é convertido em uma moeda digital que pode ser trocada por benefícios pelos consumidores.
Por fim, a equipe GalaxyWare desenvolvei o app educativo TrafFuture, que usa a inteligência artificial para simular uma oportunidade interessante de primeiro emprego para jovens, conscientizando sobre a facilidade com que uma oferta interessante pode fazer com que as pessoas cedam informações para criminosos e se tornem vítimas do tráfico humano.
Ainda dá para se atualizar
Tudo o que está descrito é apenas um resumo do que aconteceu ao longo dos dois dias do IBM Cloud Discovery. Os interessados podem assistir às gravações das palestras e ficar ainda mais por dentro do que foi dito no evento acessando o site da IBM, disponível clicando neste link.
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