O The New York Times publicou hoje (25) uma reportagem que caiu como uma bomba nos corredores da Google: o periódico afirma ter provas e confirmações de dezenas de ex-executivos e funcionários que corroboram a verdade história por trás da saída de Andy Rubin, o “pai do Android”, em 2014. Nos bastidores, já se falava sobre ele ter forçado uma mulher a fazer sexo oral em um relacionamento extraconjugal, em 2013.
Treze dos demitidos desde 2016 por má conduta trabalhavam no alto escalão da empresa
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A gigante de Mountain View sempre tentou pôr “panos quentes” nessa história e, depois de afirmações tão contundentes, o CEO Sundar Pichai e a vice-presidente de operações pessoais Eileen Naughton emitiram um comunicado interno para falar sobre o assunto e revelaram que 48 funcionários foram demitidos desde 2016, justamente por conta de assédio sexual — e sem qualquer rescisão. Treze deles eram do alto escalão.
Eles disseram que a matéria foi “difícil de ler” e que “trabalham sério para fornecer um local de trabalho seguro e inclusivo”. O email não tenta refutar nada do que o The New York Times trouxe à tona — nem mesmo o fato da companhia ter protegido, além de Rubin, outros dois executivos que também acusados de má conduta e que teriam saído com acertos generosos.
Rubin saiu com US$ 90 milhões em seus bolsos, dos quais os US$ 2 milhões finais devem ser pagos no próximo mês. Pichai e Eileen esclarecem que, desde esse episódio, a Google vem operando com transparência a respeito dos relatórios sobre investigações e também afirmam que atualmente oferecem canais confidenciais para tratar do assunto.
“Estamos comprometidos em garantir que o Google seja um local de trabalho em que você possa se sentir seguro para fazer seu melhor trabalho e onde haja sérias consequências para quem se comportar de maneira inadequada”, finalizam.