O conceito primordial das criptomoedas é o de ser uma alternativa descentralizada para transações digitais. Isso é possível com a ajuda da tecnologia blockchain, que criptografa as informações de ponta a ponta e permite aos usuários se livrarem das taxas e instituições tradicionais e movimentar dinheiro virtual livremente. Mas… segundo o levantamento da CryptoCompare, firma de pesquisas especializada no setor, somente 16% das centenas de atuais opções no mercado se encaixam nessa definição atualmente.
A maior barreira para manter o comércio livre e descentralizado dos criptoativos é a segurança, principalmente quando precisamos transformar a verba digital em física ou quando ela está envolvida em operações tradicionais. A Autoridade de Supervisão de Mercado Financeiro Suíço (FINMA) exemplifica isso no estudo, com a seguinte tabela abaixo:
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
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Fonte: CryptoCompare
A Bitcoin, por exemplo, é classificada como “quase certamente sem garantia, devido à falta de uma empresa comum identificável (contraparte) sobre a qual o detentor do criptoativo confiaria sua expectativa de lucro”. A Ethereum também entra é vista dessa forma.
Enquanto 85% dos criptoativos atualmente são centralizados, os pagamentos com tokens baseados em moedas digitais possuem um maior nível de centralização, de 37% — mas ainda assim o número de descentralizados é bem maior, como dá para notar no gráfico.
Fonte: CryptoMoeda
O que também contribui para esse quadro é o fato de 85% dos criptoativos serem construídos sob um tipo de desenvolvimento que permite aos programadores mudar arbitrariamente a forma com que as plataformas operam a qualquer momento. O reflexo disso são as chamadas “hard forks”, que atuam como mudanças significativas em um sistema operacional e podem mudar regras significativas — algo já flagrado na Bitcoin, na Ethereum e na Monero.
A indústria de criptomoedas tem sofrido uma grande queda neste segundo semestre e, ainda que muitas delas continuem com alto valor e sendo prestigiadas mundo afora, há quem acredite que elas têm os dias contados. Seguimos acompanhando para saber como elas se comportam até o final do ano e no início da nova temporada.
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