O Bloomberg publicou na última quinta-feira (4) uma extensa matéria sobre o uso de chips espiões chineses em companhias norte-americanas. Segundo a reportagem, os componentes maliciosos teriam sido embutidos em placas-mães fabricadas pela Super Micro Computer.
Queda das ações alimenta mais um capítulo na guerra comercial entre China e Estados Unidos
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Dezessete fontes não identificadas, supostamente pertencentes a agências de inteligência e empresas do setor, revelam que cerca de 30 empresas — entre elas a Amazon e a Apple — e várias agências do governo dos Estados Unidos estariam usando equipamentos que podem enviar secretamente informações para Pequim, via acesso secreto por meio de redes internas.
Ainda que a Super Micro Computer, a Amazon e Apple tenham negado as informações e nenhuma companhia chinesa de tecnologia tenha sido citada, as ações da Lenovo despencaram 15% e as da ZTE 11% na sexta-feira (5). A Huawei, que costumava ser citada por críticos ao uso dos dispositivos orientais em solo estadunidense, curiosamente não chegou a ser afetada pelo texto. A Super Micro viu seus papeis desvalorizarem 40%.
Confira abaixo uma ilustração feita pelo Bloomsberg para mostrar onde estaria o componente espião:
A Lenovo chegou a se manifestar oficialmente, dizendo que “a Super Micro (Computer) não é fornecedora da Lenovo em qualquer frente. Além disso, como uma empresa global, tomamos medida abrangentes para proteger a integridade contínua de nossa cadeia de fornecimento.” A ZTE preferiu não se pronunciar.
Ao que parece, essa história toda não deve acabar por aqui, já que esse parece ser apenas mais um episódio na guerra comercial entre China e Estados Unidos. Especialistas acreditam que a escalada oriental já anunciada pelo governo chinês pode trazer reações nos mercados ocidentais, que podem querer barrar esse crescimento com ações a curto prazo.
Categorias