Mike Pence, o vice-presidente dos Estado Unidos, deu uma declaração nesta terça-feira (02) na Associação Nacional de Advogados Republicanos sugerindo à Google que pare o desenvolvimento do Dragonfly, um misterioso projeto no qual a gigante das buscas estaria trabalhando na China.
Rumores envolvendo o Dragonfly indicam que se trataria de um site de buscas a ser utilizado pela empresa para tentar recuperar espaço no país depois que o próprio Google passou a ser censurado no país. No entanto, órgãos voltados à defesa dos Direitos Humanos temem que esta nova plataforma prejudique a privacidade dos chineses e exponha suas identidades aos órgãos de segurança do país.
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Foi neste sentido que falou o vice-presidente norte-americano: "A Google deveria imediatamente encerrar o desenvolvimento da Dragonfly, que vai fortalecer a censura do Partido Comunista e comprometer a privacidade dos clientes chineses".
Embora não tenha admitido diretamente o caso nem esclarecido de que se trata o projeto Dragonfly, a Google se manifestou em um comunicado oficial, no qual informa que "vêm investindo por muitos anos para ajudar os usuários chineses, de desenvolver o Android, por meio de apps para celular como o Google Translate e o Files Go, em como as ferramentas de desenvolvedores. Mas o nosso trabalho com buscadores vem sendo exploratório e nós não estamos tão perto de lançar um produto de busca na China".
Apesar disso, uma matéria do The Intercept e outra do Buzzfeed News publicadas recentemente revelaram que a controvérsia dentro da empresa é tão grande que pessoas chegaram a pedir demissão por conta do tema. A maior preocupação é a de que o sistema de busca seria interligado aos celulares dos usuários, de forma que o governo teria acesso aos dados dos usuários e ao que estariam buscando, podendo identificar caso estivessem contrariando a lei em suas pesquisas na internet.
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