Uma fonte de renda comum para empresas que desenvolvem navegadores, sistemas operacionais e outras plataformas envolve receber dinheiro para selecionar um ou outro buscador como a pesquisa padrão para todos os seus usuários. É assim que a Mozilla mantém o Firefox, por exemplo, e as coisas não são diferentes com a Apple e o iOS.
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Mas com quase 2 bilhões de dispositivos vendidos em todo o mundo, é de se esperar que os valores cobrados pela Apple não sejam nada baixos. De acordo com o analista Rod Hall, o Google pode pagar até US$ 9 bilhões para continuar sendo a busca padrão do navegador Safari para iOS. Ele acredita ainda que esse número continuará crescendo, potencialmente chegando a marca de US$ 12 bilhões no próximo ano.
Essa negociação envolve apenas o Safari, que é uma fonte importante de acessos, pois a Apple não permite que outros navegadores sejam utilizados como padrão para abrir links no iOS. É uma diferenciação importante de ser feita, pois, a Apple também utiliza o Bing da Microsoft em outras partes do sistema, como nas buscas feitas através da assistente virtual Siri.
No ano passado, outro analista estimou que o Google pagava em torno de US$ 3 bilhões para ter essa prioridade, sendo responsável por boa parte dos lucros do setor de serviços da Apple. Essa é uma área na qual a empresa vem investindo nos últimos anos, com produtos como o Apple Music e o futuro concorrente da Netflix, mas tudo indica que as buscas continuarão sendo uma fonte de renda importante para a companhia.