Ex-responsável pelo setor de recursos humanos da Tesla, Gaby Toledano prestou depoimento nesta semana ao Conselho Nacional de Relações de Trabalho dos Estados Unidos (NLRB na sigla original). A audiência é parte de uma investigação sobre possíveis violações a direitos trabalhistas por parte da empresa, que teria instruído a chefe do RH a oferecer promoção a alguns funcionários a fim de demovê-los da ideia de se filiarem ao sindicato.
A ação da empresa é vista como uma tentativa de impedir a organização de trabalhadores, algo proibido pela legislação trabalhista dos EUA, e resultou em uma ação do NLRB e na convocação de Toledano para prestar depoimento.
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Durante a sua exposição, Toledano comentou sobre as suas ações dentro da empresa. Ela afirmou que estava sempre de olho nas informações sobre a companhia publicadas na imprensa e até mesmo monitorava o Twitter para saber se Elon Musk “não estava tuitando coisas estúpidas”.
Ex-RH da Tesla monitorava o Twitter para evitar que Musk postasse "coisas estúpidas".
Um exemplo de “coisas estúpidas” publicadas por Musk foi uma postagem na qual ele questiona “por que pagar dívidas sindicais e desistir de opções de ações por nada?”. Para um diretor regional do NLRB, a postura do bilionário configura ameaça aos funcionários a fim de impedir a sindicalização.
As opções de ações (“stock options”) são uma forma de remuneração oferecida a alguns funcionários, normalmente pessoas de alto escalão ou que estão na companhia há algum tempo. A prática é comum nos EUA e significa oferecer a aquisição de ações da empresa a preços abaixo da média a fim de convencer o funcionário a continuar na empresa.
Segundo a Bloomberg, a Tesla teria explicado a mensagem de seu líder afirmando se tratar apenas “do simples reconhecimento do fato” de que funcionários sindicalizados não podem optar pelo modelo de remuneração com opções de ações.
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