A Microsoft criou uma patente para geração de imagens em 4K em aplicações de realidade mista, onde, hoje em dia, existe muita dificuldade para se alcançar altas resoluções.
Quando falamos em imersão em uma experiência qualquer, que dependa da qualidade de imagens, a resolução é um dos pontos-chave. É ela que, em grande parte, determina a nitidez do que será visualizado, refletindo na sensação de proximidade com o mundo real.
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No caso da realidade mista, atualmente existe uma limitação neste sentido, pois vários desses dispositivos usam a varredura a laser por meio de sistemas de espelho MEMS, onde a física dificulta a criação das imagens em alta resolução, com a resolução da imagem dependendo da rapidez com que o espelho reflete e direciona o laser na direção correta.
Na patente, a Microsoft explica que essa limitação está relacionada à inviabilidade de aumento da capacidade de hardware, seja esse aumento físico ou de processamento, já que estamos falando de dispositivos compactos. Depois, eles seguem afirmando que a nova tecnologia dribla essa limitação: em vez de tentar vibrar o espelho mais rápido, a companhia propõe simplesmente usar um segundo conjunto de lasers, permitindo que ele resolva o dobro da resolução sem atualizar o hardware do espelho.
De acordo com a Microsoft, “...o uso de múltiplos lasers viabiliza que múltiplas linhas sejam escaneadas por período de espelhamento, possibilitando, assim, que uma resolução mais alta seja alcançada sem aumentar as frequências de varredura espelhada, e também permite o uso de espelhos maiores, o que pode ajudar a evitar problemas com o tamanho do pixel imposto por limites de difração”. Adicionalmente, será utilizado o rastreamento ocular, para que as imagens em alta resolução só se formem nas direções para as quais o usuário estiver olhando, poupando recursos computacionais e energia.
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