Cibercriminosos surrupiaram nada menos do que US$ 540 milhões (quase R$ 2,2 bilhões) em criptomoedas de investidores japoneses somente no primeiro semestre deste ano. Os números são da Agência Nacional de Polícia do país, que nesta semana divulgou o relatório de incidentes no período, que chegou a 158, o triplo na comparação com os seis primeiros meses de 2017.
Bitcoin foi a moeda digital mais procurada esteve presente em 94 dos incidentes
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Desses 158 casos, 120 aconteceram de janeiro a março, época em que a Bitcoin estava em alta. Esse total já supera todos os crimes registrados na temporada anterior, com 149 delitos no ano todo — que resultaram em um prejuízo bem menor, avaliado US$ 5,88 milhões (R$ 23,75 milhões). O pior caso foi o da operadora de câmbio Criptocurrency Coincheck Inc., que perdeu US$ 516 milhões (R$ 2,08 bilhões) no primeiro mês do 2018.
Uma das coisas que mais chama a atenção é a falta de mais cuidado por parte dos usuários na hora de gerenciar suas credenciais. Mais de 60% dos casos, ou 102, envolveram indivíduos que usaram o mesmo ID e senha para sua conta de e-mail e outros serviços da Internet, como compras on-line e transações de criptomoeda.
As criptomoedas procuradas foram a Bitcoin, presente em 94 dos incidentes; e a Ripple, em 42 casos. A Ethereum também esteve na mira dos hackers, em 14 dos episódios.
Conscientização diminui roubos
Se por um lado os valores roubados aumentaram significantemente em 2017, o caso da Coincheck despertou uma maior conscientização junto ao consumidor. Depois dos ocorridos no começo do ano, o número de incidentes diminui drasticamente. Juntamente com um reforço na checagem das identidades, os casos diminuíram de 120 no primeiro trimestre para 38 entre abril e junho.
Ainda assim, autoridades disseram que é preciso manter os cuidados, pois sistemas de detecção de computadores 24 horas por dia vêm registrando aumento nas tentativas de invasão de redes de criptomoedas desde 2017.
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