A AMD vem se esforçando para mudar sua imagem no mercado brasileiro com sua linha de processadores Ryzen e quer deixar de ser vista como a opção mais barata para se tornar uma marca de produtos de alto desempenho. Agora, a empresa se prepara para trazer ao Brasil os primeiros notebooks com chips baseados na tecnologia, e o TecMundo conversou com Luis Gerardo García, chefe da área de consumo da companhia na América Latina, para saber mais.
De acordo com o executivo, a AMD hoje já vai muito além do segmento de CPUs e GPUs para desktops, área pela qual ficou famosa. Hoje, os produtos da empresa já podem ser encontrados em laptops, consoles de video game, aparelhos de diagnóstico médico e até mesmo aviões. Para continuar sua expansão, a empresa firmou parcerias com a Microsoft e com fabricantes de dispositivos de consumo para aumentar a oferta de computadores de alto desempenho na América Latina como um todo.
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“No mercado brasileiro, posso dizer que muito em breve veremos no Brasil notebooks realmente ultrafinos e com desempenho de ponta disponíveis para os usuários finais”, afirma García. Segundo ele, a AMD está trabalhando de perto com empresas como Lenovo e Acer para lançar laptops portando chips Ryzen já no começo do ano que vem, mas alguns outros modelos e marcas podem ter produtos lançados com essa tecnologia já em novembro.
“Estamos tentando iniciar campanhas já em dezembro, mas em janeiro os primeiros modelos de empresas internacionais devem começar a chegar ao Brasil. Em 2019, vocês verão que mais e mais plataformas vão oferecer produtos AMD, incluindo máquinas ultraportáteis e aparelhos para jogos”, pontua.
Foco no poder de fogo
O representante afirma que os processadores Ryzen atualmente são os mais rápidos do mundo entre as opções disponíveis para notebooks ultrafinos, permitindo a criação de computadores leves e capazes tanto de reproduzir conteúdos em alta qualidade quanto de permitir a produção e edição de vídeos e áudios com agilidade.
Segundo García, os processadores atuais mais cerca de 30% mais potentes do que os da geração anterior e conseguem, superando também os competidores. Além disso, ele ressalta que o Ryzen para dispositivos móveis vem acompanhado de componentes gráficos dentro do mesmo chip, tornando o valor do conjunto mais acessível do que opções rivais equivalentes.
Falando sobre desempenho, o representante afirma que o Ryzen 5 dos notebooks, que vem com gráficos Radeon Veja integrados, consegue resultados 44% superiores no teste Fire Strike do 3DMark aos de uma máquina com um Intel i5 de 8ª geração e uma GPU NVIDIA. No PC Mark, o chip da AMD é 11% melhor em criação de conteúdo, e no Cinebench a vantagem é de 17%. Durante jogatinas de DotA 2 em 1080p, o desempenho é 55% melhor ao mesmo tempo em que o consumo energético é 55% menor do que o de soluções com GPU separada.
“A ideia é oferecer produtividade em qualquer lugar, então estamos refinando os computadores voltados para os usuários finais, e o Ryzen é perfeito para isso. Então, diferente de uns 5 anos atrás, quando nosso foco era produtos mais baratos, agora não vamos mais participar da faixa de preços de entrada. Vamos atuar no mercado de alto desempenho”, explica o executivo.
Renascendo das cinzas
Sobre os desafios da marca no Brasil, García afirmou estar ciente do fato de que a AMD precisa se esforçar para recuperar a confiança dos consumidores e ressaltou os resultados positivos das vendas dos novos laptops Ryzen em outros países da América Latina.
“Os consumidores estão recebendo um desempenho muito bom por um preço razoável, e estão percebendo isso. Claro, no Brasil temos que trabalhar mais duro, e estamos planejando uma campanha com marcas internacionais para sair em novembro e dezembro, com ações online e em pontos de venda, para mostrar para o público quão bom o Ryzen é e como ele se compara com a concorrência. Vamos fornecer o próximo nível de performance em PCs no Brasil”, pontua.