Após anos de crescimento vertiginoso, a rede social de Mark Zuckerberg começa a enfrentar os primeiros percalços de sua existência. Após o escândalo de privacidade enfrentado pelo Facebook e envolvendo a empresa Cambridge Analytica, cada vez menos pessoas estão se voltando para a plataforma, algo que ainda não havia acontecido na história da rede social.
O crescimento da empresa em receita foi de 42% e houve um aumento de 11% no número de usuários ativos mensal e diariamente
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Hoje (25), a empresa divulgou seus resultados para o segundo trimestre de 2018 e pela primeira vez não excedeu as expectativas de crescimento no período de pelo menos três anos. Os valores não foram ruins, veja bem – ficaram dentro da previsão dos analistas de Wall Street, que eram bastante positivos mesmo com todos os problemas enfrentados pelo Facebook.
Subiu, mas não como deveria
O crescimento da empresa em receita foi de 42% e houve um aumento de 11% no número de usuários ativos mensal e diariamente. No total, são 1,47 bilhão de usuários ativos por dia e 2,33 bilhões todo mês. Apesar dos números, desde 2011 o Facebook não crescia tão lentamente.
As ações da empresa caíram quase 20%, diminuindo em cerca de 100 bilhões o valor de mercado da empresa
O que mais chama atenção é que o crescimento nos Estados Unidos e no Canadá foi praticamente nulo – os números são praticamente todos relativos ao resto do mundo. Não podemos esquecer que esses mercados onde a rede social menos cresceu são exatamente os mais lucrativos para a plataforma.
Queda nas ações
Assim que esses resultados foram publicados pelo Facebook e com a revelação que a rede social perdeu cerca de 1 milhão de contas devido à GDPR da União Europeia, as ações da empresa caíram quase 20%, diminuindo em cerca de 100 bilhões o valor de mercado da empresa. Antes deste lançamento de resultados, as ações do Facebook haviam atingido um recorde histórico e a avaliação da empresa aumentou ao longo dos meses desde o escândalo envolvendo a Cambridge Analytica para quase US$ 620 bilhões.