Após alguns enroscos, a Xiaomi finalmente estreou na bolsa de valores de Hong Kong e deu o pontapé inicial na sua aguardada oferta inicial de ações (IPO). As notícias desse primeiro dia com ações sendo comercializadas publicamente, porém, não são muito agradáveis, e a empresa viu o valor por ação cair 6% nesta segunda-feira (9).
O dia começou com as ações fixadas 17 HK$ 17, R$ 8,40 em conversão direta, caindo para HK$ 16 (R$ 7,90) durante o dia e chegando a uma média de HK$ 16,88 (R$ 8,32) durante a metade do pregão. Apesar disso, a bolsa de Hong Kong fechou o dia em alta de 1,3%.
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O mercado, porém, já esperava uma estreia negativa da Xiaomi na bolsa. “O mercado está ficando conservador”, revelou a analista da indústria Mo Jia. “A maioria das flutuações recentes em Hong Kong derrubaram [as ações] para valores inferiores aos da IPO. O autoposicionamento da Xiaomi como uma empresa de internet também precisa ser um pouco convincente”, finalizou.
A Reuters informa que o esforço da Xiaomi para se colocar como uma empresa de internet acontece pelo fato de fabricantes de dispositivos terem, em geral, avaliações mais baixas na bolsa. Vale destacar, entretanto, que 90% da receita da companhia chinesa vem da venda de equipamentos.
Xiaomi chega à bolsa como uma empresa de internet, não como uma fabricante de dispositivos.
A IPO estabeleceu o valor de mercado da Xiaomi em US$ 54 bilhões, valor bem inferior aos US$ 100 bilhões inicialmente previstos pela fabricante e até mesmo a uma previsão recente e menos otimista de US$ 70 bilhões. Para impulsionar a sua valorização, a Xiaomi dividiu a oferta inicial na bolsa de Hong Kong daquela que será feita em breve na bolsa de Xangai, na China.
Ao fim do pregão desta segunda-feira no país asiático, a Xiaomi estava avaliada em US$ 53,3 bilhões.
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