A Amazon é uma das empresas mais famosas do mundo e tem como CEO ninguém menos que o homem mais rico do planeta: Jeff Bezos. A companhia, além de ser líder no mercado de comércio eletrônico, desenvolve uma série de tecnologias avançadas e parece se encaixar naquele perfil de empresas superlegais onde trabalhar, assim como têm a fama de ser a Google e o Facebook.
Apenas na unidade de Rugeley, na Inglaterra, 115 chamadas foram feitas. Dessas, três foram relacionadas a problemas envolvendo gravidez e três por acidentes graves
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Porém, por meio do direito de liberdade de informação o sindicato GMB obteve dados sobre nada menos que 600 chamadas de atendimento médico por meio de ambulância feitas em apenas três anos no galpão da Amazon no Reino Unido. Entre os incidentes atendidos estão coisas absurdas, como dores cardíacas, problemas respiratórios, eletrocussão e até um aborto espontâneo.
Isso ativou o alerta do sindicato em relação às condições de trabalho dos funcionários da Amazon no Reino Unido. Apenas na unidade de Rugeley, na Inglaterra, 115 chamadas foram feitas. Dessas, três foram relacionadas a problemas envolvendo gravidez e três por acidentes graves. Houve até um pedido para atender um incêndio no local.
Atendimento médico
Segundo o sindicato – um dos maiores do Reino Unido, com mais de 630 mil membros –, os funcionários da Amazon trabalham como robôs: “Centenas de chamadas de ambulância, mulheres grávidas nos dizendo que são forçadas a ficar de pé 10 horas por dia escolhendo, arrumando, esticando, dobrando, puxando carrinhos pesados e andando quilômetros – até mesmo abortos espontâneos e problemas de gravidez no trabalho foram relatados”, disse Mick Rix, responsável pelo sindicato.
Reclamações sobre as condições pesadas de trabalho nos galpões da Amazon não são novidade, com trabalhadores reclamando que sequer podem fazer pausas ou irem ao banheiro
A Amazon se defendeu por meio de um porta-voz, que afirmou: “É simplesmente incorreto sugerir que temos condições de trabalho inseguras com base nesses dados ou em casos não comprovados. Os pedidos de serviços de ambulância em nossos centros de atendimento são predominantemente associados a eventos pessoais de saúde e não estão relacionados ao trabalho. No entanto, as visitas de ambulância em nossos centros de atendimento no Reino Unido no ano passado foram de 0,00001 por hora trabalhada, o que é drasticamente baixo”.
Reclamações sobre as condições pesadas de trabalho nos galpões da Amazon não são novidade, com trabalhadores reclamando que sequer podem fazer pausas ou irem ao banheiro. A companhia, no entanto, nega todas as acusações. O sindicato GMB deve dar prosseguimento às investigações e tomar as medidas que achar necessárias para defender os trabalhadores que se sintam afetados pelas condições de trabalho na empresa.
Fontes