A Lenovo divulgou o seu último balanço trimestral do ano passado, dando conta dos três últimos meses do ano fiscal de 2017. E se o crescimento da divisão de Computadores Pessoais e Dispositivos Inteligentes (PCSD) foi significativo no período em relação ao ano anterior, com avanço de 16% na receita trimestral e 8% na anual, o mesmo não pode ser dito da Divisão de Negócios Mobile (MBG) da empresa.
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O mercado de smartphones no geral rendeu bem pouco para a Lenovo no último trimestre fiscal de 2017, uma receita total de somente US$ 1,3 bilhão — para se ter uma ideia, o PCSD trouxe receita de US$ 7,7 bilhões no mesmo período. Quando o escopo é todo o último ano fiscal, a receita com smartphones foi de US$ 7,2 bilhões (o PCSD rendeu US$ 32,4 bilhões no ano).
A Lenovo tentou explicar tal desempenho. A justificativa da empresa para isso foi o foco na expansão em detrimento da lucratividade dos seus negócios mobile. Isso contou ainda com um realinhamento do portfólio da empresa visando atingir mais mercados fora da China, o que parece vir dando resultado especialmente com a Motorola no continente americano.
Sucesso da Motorola sustenta o pouco crescimento da Lenovo nos negócios mobile no último ano.
Na América do Norte, a fatia de mercado da marca cresceu 1,1 ponto percentual e agora é de 3,8%. Mas o grande trunfo da companhia agora é a América Latina, onde ela teve a sua receita aumentada em 13% apenas no quarto trimestre fiscal de 2017, passando para os dois dígitos de crescimento por aqui pela primeira vez.
Os números agora apenas reforçam o que a Motorola já havia revelado durante a apresentação do Moto G6, não por acaso realizada diretamente de São Paulo para todo o mundo. No anúncio, a empresa já havia deixado claro como o crescimento na AL foi significativo e a escolha pela capital paulista indica o quanto a região ganha uma importância cada vez maior para os seus executivos.
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