O Senado dos Estados Unidos votou a favor de reinstaurar a neutralidade de rede, contrariando a decisão da Comissão Federal de Comunicações (FCC), órgão regulador das áreas de telecomunicações e radiodifusão no país. O placar final foi de 52 a 47, com todos os senadores democratas e mais três republicanos votando contra a agência do governo.
Em dezembro do ano passado, a FCC e seu presidente Ajit Pai, indicado por Donald Trump, reverteram regras criadas durante o governo de Barack Obama que garantiam o tratamento igualitário dos pacotes de dados na rede. Assim como acontece no Brasil, o fim da neutralidade foi apoiado principalmente pelas grandes operadoras do setor.
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Ajit Pai, presidente da FCC indicado por Donald Trump.
Mas a votação do Senado foi apenas o primeiro passo de uma longa jornada para tentar reverter a atual situação das leis americanas. Para ser efetivada, a proposta de reimplementar a neutralidade de rede ainda teria que ser aprovada pela maioria dos membros da Câmara dos Representantes, o que envolveria ter o apoio de todos os democratas e mais 22 republicanos.
O último passo pode ser ainda mais difícil, já que a medida precisa ser assinada pelo próprio presidente Donald Trump, que nunca se mostrou muito favorável à ideia. Mesmo que não consigam tudo isso, defensores da neutralidade de rede nos EUA comemoram o fato de que a questão voltou a receber atenção, especialmente em um ano de eleições no país. Isso pode estimular os candidatos ao Legislativo a se posicionar sobre o assunto durante os próximos meses.
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