O acidente com o carro autônomo do Uber que teve uma vítima fatal ainda está na boca do povo e provavelmente vai demorar um tempo para ser esquecido - Você pode acertar 99% das vezes, mas uma que você erra, vai ficar marcado permanentemente. Com isso, duas perguntas reverberam continuamente: Como que os sensores e câmeras não detectaram o pedestre que estava atravessando a rua? O que é possível fazer para que esse tipo de incidente não ocorra novamente?
Todos e quaisquer testes foram suspensos por tempo indeterminado e o foco está na investigação junto a National Transportation Safety Board (Conselho Nacional de Segurança no Transporte). A NTSB ainda não revelou nenhuma informação, mas esse problema mostra uma oportunidade de encontrar uma solução e com isso a empresa Flir apresentou uma ideia interessante para incrementar o sistema autônomo dos veículos: sensores térmicos.
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De acordo com Mike Walters, diretor de produto da Flir, "As câmeras térmicas são realmente boas em ver as coisas que você não quer bater, ou seja, pessoas, é claro”. As câmeras convencionais se atêm a luminosidade enquanto as da Flir tem foco no infravermelho, podendo identificar pequeníssimas temperaturas - 0,1 na escala Fahrenheit - facilitando a identificação de qualquer obstáculo a frente e possibilitando que o veículo autônomo tenha tempo de reação de até 240 metros antes.
O primeiro passo para que se possa considerar essa ideia possível é ensinar o sistema do carro autônomo a entender as imagens térmicas que serão detectadas no percurso, identificar o que pode ser um possível pedestre ou um simples obstáculo para que seja possível uma ação preventiva.
Foi afirmado por Karl Iagnemma, CEO da Nutonomy, uma empresa de carros autônomos com sede em Boston, que "Um dos principais benefícios dos sensores térmicos é sua natureza complementar que, diferentemente de um sensor comum, eles podem 'enxergar' em ambientes escuros e em condições climáticas adversas."
Com todas essas possibilidades, fica fácil considerar essa uma vantagem para ajudar na melhoria dos carros autônomos, mas ainda assim existem desvantagens como: câmeras e sensores térmicos são muito caros, cerca de US $ 2.500 por peça, que se comparado com sensores comuns é um valor muito elevado, a resolução das imagens de câmeras térmicas não são tão boa quanto a de uma câmera convencional e em alguns lugares essas câmeras térmicas não conseguem penetrar, como o vidro a prova de balas do carro do Papa.
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