Lembram-se do caso de montadoras alemãs envolvidas com acusações de uso de ferramentas para trapacear os testes de emissões de motores a diesel — o famoso “Dieselgate”, capitaneado pela Volkswagen? Pois é, as investigações continuam e mais uma pessoa foi presa na sexta-feira (20). O chefe de desenvolvimento da Porsche, Jeorg Kerner, foi detido em Stuttgart, para evitar que ele fuja ou destrua evidências enquanto a apuração segue em andamento.
Instalação de software ilegal para esconder emissão de gases afetou mais de 11 milhões de veículos em todo o mundo
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Assim como a Volkswagen, a Porsche confessou ter instalado software ilegal em um esquema operado desde 2009 e que afetou nada menos do que 11 milhões de veículos em todo o mundo. As ações foram descobertas em 2015 e desde então vem sendo realizada uma extensa operação para juntar todos os indícios e culpados.
Em março e setembro de 2017, duas pessoas que teriam relações com a Audi foram presas — seus nomes não foram divulgados. No início da semana passada, as autoridades afirmaram que estavam fazendo varredura em propriedades da Porsche e da Audi. Os oficiais afirmaram que os alvos eram três funcionários ou ex-funcionários, dos quais um deles agora foi revelado como Kerner, enquanto a mídia alemã acredita que o outro seja Michael Steiner, membro da diretoria e chefe de desenvolvimento da Porsche. O terceiro nome continua em sigilo e as buscas continuam.
"Confirmamos que os investigadores hoje inspecionaram e obtiveram documentos nos escritórios da Porsche AG em Stuttgart e da Audi AG em Ingolstadt. A Audi AG e a Porsche AG estão cooperando totalmente com as autoridades. Por favor, levem em consideração que não podemos comentar mais detalhes devido à investigação em andamento", diz a Porsche, em comunicado oficial.
Fontes
Categorias