A Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain (ABCB), grupo criado recentemente para defender as casas de criptomoedas em território nacional, ameaça entrar na Justiça contra os maiores bancos do Brasil — que estão se recusando a abrir contas para depósitos, usados para trocar moedas virtuais por dinheiro físico.
As criptomoedas aos poucos vão firmando raízes na economia mundial e começam a mudar o cenário, o que naturalmente causa conflito com regras estipuladas há anos. Os bancos são os mais afetados nessa conversa, pois as transações descentralizadas causam impacto direto em suas receitas.
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De acordo com as instituições financeiras, há “falta de interesse comercial”, o que na verdade pode esconder o temor das agências em realizar negócios sem saber a origem da verba ou devido a suspeitas de atividades ilícitas.
“Está havendo uma negativa de negociar. E a justificativa é muito estranha. Isso, eventualmente, tem até o potencial de ser um caso perante o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)”, disse em entrevista à Folha de S. Paulo o presidente da ABCB, Fernando Furlan.
Ainda não se sabe exatamente até onde vai essa queda de braço e se os novos grupos de fintechs baseados em criptomoedas terão espaço no mercado — que aos poucos vai ampliando a discussão sobre regulamentação. Seguimos acompanhando.
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