Apesar de Marte ser um dos nossos vizinhos no Sistema Solar, sabemos muito pouco sobre ele. Conhecemos sua aparência, mas não o seu interior. Mas essa análise mais profunda está perto de começar. Em maio, a NASA lançará uma sonda para estudar o que está por dentro dos cerca de 4 bilhões de anos do Planeta Vermelho.
A missão InSight tem previsão de chegar a Marte em novembro deste ano e é a primeira da história planejada para pesquisar o que há por baixo da superfície marciana. O objetivo da agência espacial norte-americana é analisar a formação do núcleo, do manto e da crosta do planeta que, hoje em dia, aparece como alternativa mais provável em um futuro da nossa civilização fora da Terra.
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Equipado com instrumentos capazes de medir alguns “sinais vitais” do Planeta Vermelho, como a atividade sísmica, a temperatura e a dissipação do calor interno, o robô fará uma espécie de “check-up” completo do nosso vizinho planetário.
“Faremos algo como uma tomografia computadorizada de Marte. Usaremos sismógrafos da mais alta tecnologia que funcionam como câmeras para tirar fotos do interior de um planeta”, explicou Bruce Banerdt, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
As medições da composição e das vibrações vindas do interior marciano, sejam por conta da movimentação de placas tectônicas (“martemotos”?) ou por impactos de meteoros, fornecerão dados para ajudar a entender não só a estrutura geológica do planeta, mas também como ele se desenvolveu desde a formação dos planetas rochosos do Sistema Solar.
Assim como Mercúrio, Vênus e a própria Terra, Marte também se originou por volta do mesmo período, e a comparação entre como eles foram moldados ao longo do tempo é fundamental para o nosso conhecimento ir além. Afinal, outros bilhões de planetas rochosos estão espalhados pelo Universo, e não sabemos tudo nem sobre este em que vivemos.