A Apple divulgou hoje (8) o 12º Relatório Anual de Responsabilidade com Fornecedores, documento no qual a empresa detalha os seus esforços no sentido de melhorar as condições de vida e de trabalho de suas companhias parceiras. Segundo o documento (aqui, em PDF), o ano de 2017 terminou com o dobro de violações de direitos humanos e trabalhistas em relação ao período anterior.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Enquanto 2016 terminou com o registro de 22 ocorrências das chamadas “violações fundamentais”, o ano passado chegou ao fim com 44 delas. São consideradas violações fundamentais violações de direitos trabalhistas, falsificação da quantidade de horas trabalhadas, assédio e trabalho de menores de idade.
Das 44 violações identificadas em 2017, 38 eram de falsificação de horas de trabalho (os trabalhadores não podem dedicar mais de 60 horas por semana à labuta e devem ter um dia de folga a cada seis dias trabalhados), um caso de restrição de acesso e dois casos de menores de idade, com trabalhadores de 14 e 15 anos de idade.
Apple realizou auditoria em 756 fábricas, cobrindo um universo de 1,3 milhão de trabalhadores
Segundo a Apple, ambos os adolescentes usaram documento falso para conseguir o emprego e, uma vez identificados, foram encaminhados para casa, matriculados em uma escola de sua escolha e continuaram a receber o salário da fábrica. Ao todo, a companhia realizou 756 auditorias em instalações espalhadas pelo mundo, cobrindo um universo de 1,3 milhão de trabalhadores.
O relatório da Apple vem cercado de expectativas após a própria companhia ter revelado, ainda em 2016, que 20% do cobalto utilizado nos processos de fabricação de seus produtos virem de fontes que não atendiam aos “requerimentos rigorosos” da empresa do ponto de vista social, ecológico e trabalhista.
Fontes