De todas as novidades desse mundo digital que podem virar realidade num futuro não tão distante, a conexão 5G ocupa com folga o posto de mais disputada. Com data de lançamento estimada já para esse ano, a tecnologia vem gerando uma briga de foice entre algumas das principais marcas globais relacionadas à produção de smartphones. Todas querem garantir o seu espaço nos primeiros dispositivos compatíveis com a nova conexão e conquistar um lugar estratégico nesse novo mercado.
Antes, uma breve explanação
Porque somos esse tipo de pessoa que diz explanação. A quinta geração da tecnologia de sistemas sem fio é, basicamente, o sonho de princesa de praticamente qualquer habitante do país internet. Para você ter uma ideia, os testes já realizados mostraram que será possível baixar um vídeo de 100GB com qualidade 4K em questão de quatro minutos. Qua-tro mi-nu-tos. E isso é só o começo.
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Vai rolar IoT
As redes móveis equipadas com essa nova conexão serão capazes de acomodar mais pessoas conectadas e pacotes maiores de dados sem perder velocidade ou desempenho. De acordo com especialistas, quando essa nova tecnologia estiver totalmente integrada, vamos conseguir viver um cenário de internet total. Ou “a verdadeira” internet das coisas. Isso significa que, enfim, a história da geladeira que escaneia os alimentos guardados em seu interior para comprar no mercado o que estiver faltando pode virar realidade.
Com essa nova tecnologia totalmente integrada, vamos viver um cenário de internet total
Fale sobre pioneirismo
Enquanto ainda não alcançamos esse estado de graça, podemos acompanhar os primeiros esforços nessa direção. Durante o Mobile World Congress — principal evento do mundo quando o assunto é smartphones e conexão móvel — Qualcomm, Intel e Huawei demonstraram estar mais adiantadas quando o assunto é 5G. Durante a conferência, claro, cada uma delas exibiu o seu ponto forte.
Show me the hardware
Enquanto a Qualcomm tem como vantagem sua posição de liderança no mercado de produção de componentes, a Intel aproveitou a feira para anunciar parcerias com Microsoft e Lenovo para a produção de novos equipamentos que já contam com o 5G embarcado. E a Huawei — representando a turma de empresas não-americanas — também fez bonito: além de possuir 10% das patentes relacionadas ao desenvolvimento dessa tecnologia, é uma das líderes no segmento dentro do território europeu.
Habemus política
Daí que você é os Estados Unidos e tem algumas dessas líderes em potencial do 5G no seu quintal. Para garantir uma área tão estratégica quanto comunicações sem fio, obviamente que você fica de olho em tudo o que está rolando entre essas companhias. Então, quando uma empresa baseada na Ásia faz uma oferta para comprar um negócio americano, sua pulga atrás da orelha já nem coça mais, começa a doer mesmo. Explicamos: a fabricante de semicondutores Broadcom opera hoje em Singapura e é bastante próxima do governo chinês.
Ano passado, ela fez uma oferta bem agressiva para comprar a Qualcomm. Agressiva do tipo: USD 103 bilhões. A Q subiu no salto e recusou a proposta, argumentando que o acordo não era o bom o bastante. Então, a B aumentou o lance para USD 121 bi.Não demorou para o Tio Sam entrar em cena. Nessa semana, o Comitê de Investimento Estrangeiro dos EUA divulgou uma carta afirmando que vai investigar a proposta de compra. Disse que se tratava de uma questão de segurança nacional. A principal preocupação é a de que, se a Qualcomm topar o acordo, a China aumente sua influência na definição dos padrões para 5G. Deu para sacar porque essa disputa é mais acirrada do que uma final de Copa do Mundo?
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Haja conexão, amigos! A disputa pela liderança da tecnologia 5G via The Brief
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