O conceito de blockchain tem se espalhado rapidamente pela web e ganhado destaque em diversos portais voltados à tecnologia. Mas, em termos claros, o que isso significa e por que ganhou tamanha notoriedade recentemente? Entenda um pouco mais sobre a tecnologia e como ela está mudando a forma como lidamos com nossas informações pessoais no ambiente digital.
Se você acompanha conteúdos ligados à tecnologia, é muito comum que associe o termo blockchain às criptomoedas — estamos certos? Pois bem, é muito comum essa associação, pois ele nasceu juntamente com o dinheiro virtual, para trazer mais segurança e controle nas transações que utilizam a moeda minerada. Mas o conceito vai além disso, pois os benefícios transcendem as movimentações financeiras.
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No ambiente virtual, ao serem trocados, os dados podem ser copiados, alterados e enviados para outra pessoa. E nesse caminho pode ser que as informações se percam ou sejam adulteradas. Foi pensando em resolver essa vulnerabilidade que o blockchain foi inventado. Trata-se de um sistema que criptografa essas informações e cuida de entregá-las ao destinatário da mesma forma que foi emitida pelo remetente. As informações são organizadas em blocos de maneira fechada e criptografada, sem nenhum acesso terceiro.
Por exemplo, alguém que fez uma transação de um valor X poderia alegar ter transmitido Y e culpar alguma falha no percurso oriunda de adulteração ou outros motivos. Se essa mesma pessoa enviou uma determinada quantia usando o blockhain, é seguro que seja entregue exatamente o mesmo valor enviado, sem nenhuma falha. É o canal ideal para funcionar como intermediário, garantindo confiança e segurança a quem precisa movimentar informações — ou moedas — na web. Grandes empresas — como o Itaú e a IBM, por exemplo — já estão abrindo espaço para o blockchain.
O blockchain vale somente para transações financeiras?
A princípio, ele foi criado para suprir essa demanda, por isso surgiu junto com o bitcoin. Porém, atualmente, várias empresas têm estudado usá-lo também para segurança na troca de informações entre um usuário e outro. Hoje nós usamos muitas plataformas com nossos dados pessoais e de segurança, à medida que surgem essas necessidades, mas, se for usado o blockchain, será possível criarmos uma espécie de hub de informações, de maneira segura, e transmiti-las sem perdas. Assim, teremos nossos dados em uma central em vez de os espalharmos em dezenas de aplicativos e sites. São informações importantes e sensíveis, como dados de cartões, documentos, endereços etc.
E é exatamente isso que a Microsoft está planejando: explorar a tecnologia para dar aos usuários total controle de suas personas online, de maneira centralizada. Assim, eles terão em mãos a gerência das suas identidades digitais usando a rede de blockchain. Tudo ainda está em fase de teste de expectativa, pois há questões a serem pensadas, como um meio de armazenar essas toneladas de IDs sem congestionar a rede de blockchain.
Se tudo der certo e avançar, logo será possível que duas pessoas comuns façam negociações usando suas identidades digitais sem a interferência de terceiros ou de um sistema intermediário.
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