A World Wrestling Entertainment teve um 2017 espetacular, faturando o total de USD 32 milhões ao longo do ano, um recorde em seu faturamento. Para quem não é familiarizado, a WWE é a maior empresa de luta livre, modalidade conhecida em nossas terras como telecatch. Segue abaixo um vídeo para ilustrar o "modelo de negócios" na empresa:
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
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Saindo das cordas
A WWE vinha desde 2010 passando por um período complicado: nessa época, ela resolveu montar seu próprio serviço de streaming e acabou queimando mais dinheiro do que deveria: em 2014, quando a plataforma de vídeos foi de fato lançada, a companhia teve um prejuízo de USD 30 milhões. Mas parece que, de lá pra cá, a empresa conseguiu equilibrar melhor sua margem de lucros — diminuindo a leva de produções exclusivas e programas pay-per-view — e começou a virar o jogo, arrecadando no ano passado um valor bruto de USD 800 milhões, 9.6% a mais em relação ao ano anterior.
Grande parte do aumento da receita vem dos contratos para a televisão, que costumam ser bastante lucrativos nesse meio. A maior audiência da WWE está nos EUA, mas a companhia também conta com fãs ardorosos na Índia e — vejam só — Reino Unido. E, caso os boatos de que a Fox ofereceu um contrato anual de USD 400 milhões para passar as lutas em seus canais — depois dos números do UFC terem caído consideravelmente — se confirmem, é provavel que a maior parte do lucro conquistado pela empresa em 2018 venham por meio dessa negociação.
E indo em busca do bicampeonato
A toda a turma do telecatch anda bem otimista com 2018 também. Primeiro porque existe a expectativa de diminuição das taxas cobradas no meio, atualmete na margem de 36%, que seriam diminuídas para 25 ou 27%, devido aos cortes realizados durante a gestão de Donald Trump. Com a perspectiva de pagar menos impostos, a WWE planeja diminuir os gastos com programas exclusivos na Network e aumentar seus lucros com os contratos para a TV.
A empresa também está investindo na contratação de grandes personalidades do UFC, sendo que o destaque fica com Ronda Rousey, que mesmo tendo feito apenas uma aparição já vem dando lucro devido à venda de merchandise. Sem falar no crescimento de assinaturas e patrocínios que a empresa espera obter por causa da atleta. Por mais divertido que seja assistir às lutas fake promovidas pela network, quando o assunto é dinheiro, o papo fica bem sério.
Sai para lá UFC! WWE bate recorde de receita e pode repetir o feito em 2018 via The Brief
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