O Slack vive um momento bom. Com 50 mil companhias pagando para usar sua plataforma de mensagens (dentre elas Airbnb, Harvard University, Oracle e esta newsletter que vos escreve #fancy), a companhia alcançou um valuation de US$ 5 bilhões em sua última rodada de investimentos, ano passado.
Aberto para o público em 2014, o sistema registra 9 milhões de usuários ativos por semana, presença em 100 países e, em média, 70 mensagens enviadas por cada sujeito cadastrado numa conta (paga) por dia. Da hora? Da hora. Mas esse é um momento também crítico para o Slack, que vê a concorrência tentar alcançar seu ritmo a passos rápidos.
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Só nos últimos 15 meses, Microsoft, Google e Facebook lançaram concorrentes no segmento de mensagens corporativas, esperando tomar proveito da arma mais poderosa que qualquer gigante do Vale pode ter: a imensa base de usuários. Portanto, o Slack quer ser melhor. E, para isso, está com todo o seu foco em inteligência artificial. O MIT Tech Review fez uma imersão no assunto.
Quem está à frente da missão é um cara chamado Noah Weiss, que acumula passagens por Foursquare e Google. Seu objetivo é tornar a plataforma mais inteligente e útil, principalmente no que diz respeito à curadoria das mensagens que cada usuário recebe. Quem já voltou de férias e teve de dar conta de todos os compartilhamentos em grupos e DMs, entende o sentimento de "não sei por onde começar." Assim, Weiss quer ensinar o aplicativo a ser como um assistente fiel escudeiro, capaz de te dizer tudo o que está rolando na firma e dar um resumão daquilo que é importante, de acordo com seu comportamento no sistema.
Gráficos e controle
Uma das grandes apostas é na criação de um gráfico de trabalho, que estuda como as empresas usam o Slack e analisa como os funcionários se relacionam. Esse estudo vai desde onde as discussões estão acontecendo na plataforma (em quais grupos) até quais assuntos estão sendo discutidos. Dessa forma, o algoritmo conseguiria prever os interesses de cada pessoa e priorizar informações.
Se você se lembrou do Knowledge Graph, do Google, ou do Social Graph, do Facebook, não é à toa. Ambos serviram de inspiração para Weiss. A diferença entre esses dois e o que o Slack pretende construir é a customização. A ideia aqui é criar um gráfico de trabalho específico para cada empresa.
Ajudar a chefia a ter melhor controle do que está rolando parece ser outra prioridade. O Slack está desenvolvendo dashboards para executivos conseguirem ter uma visão mais abrangente de como os funcionários estão interagindo, quais são os hot topics e como as emoções dos usuários na plataforma mudam ao longo do tempo.
Para grandes companhias, com escritórios em vários países, o impacto disso pode ser bastante significativo, já que daria para visualizar no que filiais em diferentes áreas estariam prestando mais atenção. Essas informações poderiam também ser dividas entre outras categorias, como o assunto discutido entre os funcionários mais antigos e os mais jovens na empresa.
Está claro que o Slack, outrora apenas uma startup amada por outras startups, está pronta para a briga contra gigantes. Para o CEO e fundador, Stewart Butterfield (que também criou o Flickr, diga-se de passagem) é tudo uma questão de tempo até a empresa dominar o mercado: "acho que o que temos agora é bom. Em dois anos, será muito bom. Em cinco anos, será excelente. Em dez anos, será impossível ficar sem."
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Como o Slack pretende bater a concorrência de Facebook, Google e Microsoft via The Brief
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