As peças da MediaTek são facilmente encontradas em aparelhos feitos e vendidos na China. Aparentemente, os horizontes estão para mudar. De acordo com relatório publicado pelo Digitimes, a Apple está em processo de fechar negócio com a companhia, para já em 2018 colocá-la como nova fornecedora de chips de modem para o iPhone.
Segundo o site da empresa, a MediaTek é segunda maior fornecedora (em unidade de volume) para smartphones e tablets e responsável por viabilizar 1,5 bilhão de produtos ao ano, trabalhando com dispositivos móveis, entretenimento doméstico, rede e conectividade, entre outros.
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Atualmente, ela estaria trabalhando em dois novos chipsets, chamados de Helio P40 e Helio P70, fabricados junto à TSMC e com previsão de lançamento para o meio deste ano. As especulações com relação à Apple também sugerem que a empresa irá trabalhar em outros produtos além do iPhone, como alto-falantes e carregadores portáteis.
Depois de problemas na Justiça com a Qualcomm (com base em São Diego, na Califórnia), começaram os rumores sobre novos negócios da empresa fundada por Steve Jobs. Caso a informação se oficialize, ocorrerá a substituição da participação da companhia responsável pelo fornecimento de pelo menos metade dos chips (a outra está com a Intel).
Batalha na Justiça
O problema entre as gigantes começou com a organização americana sem fins lucrativos FTC (Fair Trade Commission), que protege consumidores e trabalha na prevenção de práticas injustas no mundo dos negócios. A FTC, em janeiro do ano passado, acusou a Qualcomm de fornecer chips à Apple a um custo abaixo do estabelecido no mercado. O acordo entre elas, supostamente, feria a competitividade do setor.
Pouco depois, a Apple entrou com uma ação contra a Qualcomm alegando que a empresa teria retido indevidamente US$ 1 bilhão em descontos. O conflito também se dá em torno de um acordo de licença que daria à Qualcomm o direito de receber um percentual pela venda dos aparelhos iPhone.
Um dos últimos capítulos desta batalha terminou com a Apple sendo obrigada (a partir de 15/12/2017) a pagar uma multa diária de US$ 25 mil à empresa (em torno de R$ 80 mil), por não ter disponibilizado provas importantes para o processo. A Apple pretende recorrer.