As discussões sobre o possível fim da neutralidade da rede nos Estados Unidos vêm ganhando cada vez mais adeptos. Desta vez, um grupo de artistas assina uma carta aberta direcionada ao parlamento do país em apoio aos protestos que vêm ocorrendo no país contra o fim do princípio que garante uma internet igual para todos.
Além disso, a carta dos artistas pede aos congressistas que “parem a FCC”, o órgão do governo responsável por regulamentar as telecomunicações no país norte-americano. Nomes como Against Me!, Incubus, Anti-Flag e Tom Morello (Rage Against The Machine/Audioslave/Prophets of Rage), alguns dos signatários do documento, defendem que “sem uma internet livre e aberta, muito de música, literatura, filmes, arte, cultura, paixão e criatividade será perdido.”
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Para os artistas, a neutralidade da rede é essencial para a democracia nos Estados Unidos
Ainda segundo os artistas, a lei atual previne que as teles decidam que tipo de conteúdo deve ser mais ou menos privilegiado dentro da internet e que isso deve continuar. Eles acreditam, também, que possíveis cobranças extras sobre os clientes terão efeito em toda a chamada economia criativa.
“Se a FCC votar para derrubar essas proteções, dará permissão explícita aos provedores de internet para a cobrança de taxas extras, o que significará uma taxa em toda a economia criativa”, defende a carta. “Algumas poucas corporações terão controle sobre o que você vê e ouve, enquanto devastarão a capacidade de ganhar a vida de artistas independentes e novatos.”
Ao finalizarem a carta-manifesto, os artistas citam as liberdades garantidas pela constituição dos Estados Unidos para, mais uma vez, reforçar o seu posicionamento contrário às possíveis mudanças na forma de gestão da internet no país.
“A liberdade de expressão é garantida pela nossa constituição e nós demandamos que tal liberdade continue online. A neutralidade da rede é essencial para a nossa democracia”, registram os artistas, reiterando ainda o seu apoio aos protestes realizados nesta quinta-feira (7) por todo o país contra o fim da neutralidade.
No Brasil e no mundo
Nesta semana, surgiu a notícia de que as teles brasileiras já se organizam nos bastidores para pressionar mudanças semelhantes aqui no Brasil. Em Portugal, país onde a neutralidade não é obrigatória, algumas empresas já começam a vender pacotes separados de internet, obrigando consumidores a pagarem a mais para acessar, por exemplo, redes sociais ou serviços de streaming.
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