A Samsung anunciou hoje (29) que está iniciando a produção da sua segunda geração de chips no processo de 10 nm. Os componentes feitos nessa escala devem apresentar um ganho de 10% em desempenho, bem como economia de energia de 15%. A fabricação desses componentes, contudo, não deve ser muito diferente do que se vê nos modelos da atual geração (também de 10 nm). Por conta disso, não deve haver nenhum tipo de atraso na distribuição geral dos produtos, como aconteceu com a Samsung entre 2016 e 2017.Isso porque a fabricante deve continuar utilizando o sistema LPE Wafer.
A nova tecnologia deve ser utilizada para fabricar os próximos chip top de linha da Qualcomm, os prováveis Snapdragon 845
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A nova tecnologia, conhecida como “10-nm LPP”, deve ser utilizada pela coreana para fabricar os próximos chipsets mobile top de linha da Qualcomm, os prováveis Snapdragon 845. A companhia ainda deve utilizar esse sistema para produzir seus próprios chips de alto desempenho, os Exynos para a equipar os Galaxy S9 e S9+ no mercado internacional.
Apesar de ter começado a fabricação de chips nessa segunda geração do processo de 10 nm, a Samsung já certificou sua capacidade de produção para o processo de 8 nm. Eles serão naturalmente menores, mas também terão um processo de fabricação muito similar ao atual. Essa deve ser a tecnologia usada na construção dos processadores dos principais smartphones de 2019.
Tapa buraco
Seja como for, essas duas próximas gerações de sistemas de fabricação da Samsung podem ser consideradas apenas “tapa buracos” da coreana para ir ganhando tempo até a produção de chips em 7 nm estar estabelecida. A empresa ainda está desenvolvendo esse processo, e ele deve ser bem diferente do que a empresa vem fazendo. Isso porque será necessário usar uma litografia baseada em “luz ultravioleta extrema” (EUV em inglês).
Segundo rumores, a coreana ainda não aperfeiçoou o procedimento. Em contrapartida, sua principal rival no segmento, a TSMC, estaria à frente da Samsung no desenvolvimento dessa tecnologia. Dessa maneira, existe a possibilidade de a Qualcomm abandonar a Samsung entre 2019 e 2020 caso a coreana não consiga oferecer chips em 7 nm tão rápido quanto a TSMC.