Sozinhas, as gigantes chinesas de tecnologia já causam um alvoroço no mercado por onde passam, ostentando números obscenos de usuários e renda anual. Agora duas delas podem se juntar para mostrar do que a China realmente é capaz. Um anúncio feito nesta terça-feira (28) acaba de revelar que Baidu e Xiaomi devem unir seus esforços para lidar com dois dos segmentos mais emergentes – e com maior potencial – do mundo tech: Internet das Coisas e inteligência artificial.
Para quem não manja dos negócios chineses, é praticamente como se Google e Apple se unissem nos EUA para investir em algum setor específico. Sentiu o drama? Os detalhes da parceria entre as empresas asiáticas não foram revelados, mas a ideia é que a dupla explore (e inove) recursos como reconhecimento de voz, deep learning e computer vision. Como a Baidu já tem iniciativas de realidade aumentada e virtual, robótica e carros autônomos, é de se imaginar que esses temas também estejam inclusos no pacote.
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Essa é a primeira vez que as concorrentes engatam esse tipo de relacionamento para valer, e, embora a estratégia possa parecer estranha em um primeiro momento, ela faz sentido para ambas as marcas. A Xiaomi, provavelmente, deve se beneficiar bastante da expertise da atual parceira no desenvolvimento de plataformas e sistemas inteligentes – algo que a própria empresa já faz, mas de forma bem mais tímida e atrelada a seus produtos.
A Baidu vai exatamente pelo lado oposto, aproveitando a amizade para colocar suas soluções de software em cada vez mais hardwares no mercado. Seu DuerOS, por exemplo, pode se beneficiar consideravelmente dos esforços da dupla e agregar um bocado de valor ao sistema operacional – que, hoje em dia, já é utilizado por mais de 130 empresas em dispositivos mobile, eletrônicos e televisores. Inicialmente, a brincadeira fica restrita à China, mas é de se imaginar que a empreitada possa ser usada na expansão mundial das duas marcas.
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