Na última sexta-feira (17), o Facebook anunciou que está desenvolvendo uma ferramenta que vai permitir que os usuários descubram se interagiram com publicações russas entre janeiro de 2015 e agosto de 2017. Essa medida tomada pela rede social uma resposta à possível manipulação proveniente da Internet Research Agency, uma fazenda de troll vinculada ao Kremlin, que tentou interferir na a campanha presidencial dos Estados Unidos.
A ferramenta estará disponível na página do “Centro de ajuda do Facebook” até o final do ano. As informações fornecidas são privadas, ninguém descobrirá se você interagiu ou não com as publicações.
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Essa mudança de postura da rede social de Mark é uma tentativa dela de ser mais transparente sobre como os agentes russos usaram ela para influenciar as eleições no ano passado. Em declaração oficial, a companhia afirma que: “é importante que as pessoas compreendam como atores estrangeiros tentaram semear divisão e desconfiança usando o Facebook antes e depois das eleições de 2016 nos EUA”.
Mark Zuckerberg vive com constantes ataques
Desde a época das eleições, o Facebook tem estado sob intenso ataque devido à sua força de influenciar grande parte da população norte-americana. Em setembro deste ano, o CEO confirmou que a rede social vendeu cerca de US$ 100 mil em anúncios para contas russas. No mesmo mês, ele também afirmou que as publicações alcançaram, de maneira paga e orgânica, mais de 126 milhões de pessoas, sem considerar o Instagram.
O Facebook acaba sendo a rede mais atacada em virtude da grande quantidade de usuários e ferramentas que possibilitam tornar uma informação viral. As rivais Google e Twitter também são alvos de críticas por parte dos legisladores norte-americanos, que discutiram sobre o assunto no início deste mês em três audiências no Congresso, com a presença de representantes das companhias.
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