A Samsung é uma corporação gigantesca e, talvez por isso, tenha um esquema diferente de liderança executiva. No fim da última segunda-feira (30), a coreana anunciou seus três (sim, 3) novos CEOs depois que um escândalo de corrupção envolvendo o principal líder da empresa derrubou a chefia anterior do cargo. Os novos presidentes serão Kim Ki-nam, Kim Hyun-suk e Koh Dong-jin.
Apesar de todos serem CEOs, cada um vai liderar segmentos distintos da empresa. Kim Ki-nam será o líder da divisão soluções em dispositivos; Kim Hyun-suk será o chefe do setor de eletrônicos e TI; e Koh Dong-jin — mais conhecido como DJ Koh — será o líder da divisão mobile como já vinha praticamente sendo nos últimos dois anos.
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Os nomes dos novos CEOs foram bem recebidos pelo mercado, especialmente o de DJ Koh, que ajudou a Samsung a revigorar seu negócio de smartphones com o Galaxy S7, considerando que a marca estava enfrentando um período de queda nas vendas antes dele. Koh, contudo, também foi o responsável por supervisionar o fiasco do Galaxy Note 7, que gerou muito prejuízo e desgaste da marca no mercado. Ainda assim, a forma como a Samsung lidou com a situação depois do ocorrido foi considerada muito honesta e, por isso, a empresa continua se recuperando.
Nadando na grana
Ontem a Samsung também liberou o relatório do seu terceiro trimestre fiscal registrando o maior lucro de sua história para um único período de três meses. A empresa praticamente triplicou seus ganhos na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, que foi justamente o período de crise por conta do Note 7. No total, a coreana colocou em seus cofres 14,53 trilhões de won, o equivalente a R$ 42,26 bilhões ou US$ 12,92 bilhões.
O resultado positivo é, em parte, graças ao bom desempenho do setor mobile, mas o principal impulsionador de lucros no último trimestre foi o setor de semicondutores da Samsung, que viu a demanda por suas memórias subir exponencialmente.
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