Ficar em filas e perder tempo nunca é legal e os supermercados vêm buscando na tecnologia aliados para diminuir as tradicionais fileiras, principalmente em estabelecimentos onde a demanda é muito alta. O Condor, em Curitiba, decidiu inovar com a implementação de uma “super esteira”, um caixa semi-automático que pode pode processar os produtos até 5 vezes mais rápido que os convencionais.
Margem de erro no reconhecimento de produtos é inferior a 2%
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Batizado de Jade, o dispositivo da fabricante Datalogic oferece uma ampla área para o posicionamento das compras e trabalha com um conjunto de sensores juntamente com 16 câmeras em um balcão desenvolvido especialmente pela Fast. Os itens são inicialmente identificados pelo código de barras, que é reconhecido por diversos ângulos.
Para não ter erro, as imagens dos objetos são armazenadas caso haja falha na leitura primária. As fotos são cadastradas com 9 informações, como cores, dimensões, fonte das letras utilizadas na caixa, entre outros dados, que, combinados, formam uma “impressão digital” no sistema. O índice de equívocos é baixo, inferior a 2%.
Não substitui o operador
O processo é quase todo automático para o cliente, que precisa simplesmente seguir as orientações disponíveis na tela sensível ao toque. Depois de cadastrados os produtos — os que não são identificados precisam passar pelo reconhecimento novamente ou pelo método tradicional — é só efetuar o pagamento via cartão de débito ou crédito.
“É um sistema melhor e mais rápido de leitura, mas que não substitui o operador de caixa”, explica Fábio Lopes, executivo da Datalogic que comercializa a Jade no Brasil, em entrevista à Gazeta do Povo.
Novidade pode chegar a nove diferentes praças em 2018
São necessários dois funcionários atuando ao lado das máquinas. Um deles monitora a leitura dos códigos e inclui itens como os hortifrúti, que não são reconhecidos pelo sistema e precisam ser pesados e inseridos manualmente. O outro é responsável pelo empacotamento, já que a velocidade da esteira é grande, com duas bocas para escoar os objetos — o que permite o início de um novo atendimento enquanto as compras já registradas vão para as sacolas.
A “super esteira” segue com os testes e, segundo a direção do Condor já foram realizados ajustes, tanto no software quanto no hardware, que precisou de mais potência no motor para suportar as jornadas de 16 horas diárias. Como ainda é caro — custa US$ 50 mil a unidade — ela deve ser adotada apenas nos centros mais movimentados e a expectativa é de que mais nove sejam acionadas no próximo ano e em outras cidades do Brasil.
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