Um jornalista perguntou para Vladimir Putin, na semana passada, se o presidente russo compraria um Tesla, a resposta foi: “Por que não?”. Apesar de parecer simples, o significado dessa resposta/pergunta é considerável, visto que esse foi o início de um discurso que, basicamente, indica que a Rússia pode ter os elétricos norte-americanos circulando por lá em breve – mas tem um porém.
Nada muito sério, na verdade: é que Putin prefere carros que são abastecidos com gás natural. “Estamos abertos, nós compramos e vendemos – compramos tudo que é útil para nós e vendemos tudo que dá lucro. Logo, não há nada de especial sobre isso”, ele explicou. “Carros elétricos são ótimos para cidades porque não necessitamos de ter emissões em lugares onde muitas pessoas vivem – mas eu acredito que veículos com gás natural são mais ambientalmente corretos”.
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A preocupação de Putin é com o uso massivo das usinas a carvão no país para gerar energia o suficiente. Por outro lado, a Rússia é o segundo maior produtor de gás natural do mundo. Faz todo sentido, portanto, que o presidente expresse essa preferência.
Atualmente, pouquíssimos russos têm um tesla, visto que, para ser dono de um, é necessário fazer importação oficial e depender de uma rede indireta de assistência, além de receber o carro sem diversas funções presentes no original norte-americano.
De qualquer forma, o recado para a Tesla foi dado: se a montadora de Fremont quiser roer um belo osso russo, basta ir até ele.
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