A IBM está trabalhando em um sistema que poderá transformar o sistema de transações financeiras internacionais através do uso da tecnologia de blockchain. Esse recurso é fundamental para a existência de criptomoedas como a Bitcoin, servindo para verificar que os donos desse dinheiro digital realmente têm a posse de suas quantias. A ideia da IBM é oferecer uma solução de transferência de dinheiro para bancos e outras grandes instituições financeiras com blockchain para que o processo seja mais rápido, transparente e seguro.
Com o uso dessa tecnologia de verificação, seria possível enviar em instantes dinheiro para qualquer pessoa no mundo que tenha uma conta bancária. Sem perder em segurança, o procedimento pode ser completamente automatizado e gerar economia. Segundo a IBM, o objetivo do seu novo produto é trazer para as grandes instituições financeiras a praticidade de serviços como o TransferWise, que serve apenas para indivíduos e pequenos negócios nesse momento.
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Um fazendeiro em Samoa poderia se conectar diretamente a um cliente na Indonésia
Para tal, a IBM fez uma parceria com a startup Stellar, especializada em blockchain, e com a empresa de pagamentos Kickex para lançar um sistema de pagamentos internacional nesses moldes. Com isso, "um fazendeiro em Samoa poderia se conectar diretamente a um cliente na Indonésia". Mas a ideia é oferecer algo a mais do que a transferência de dinheiro propriamente dita.
“O blockchain seria usado para registrar os termos de contrato, gerenciar a troca de documentos e permitir que o fazendeiro consiga garantia, obtenha letras de crédito e finalize termos de transações com pagamento imediato, conduzindo comércio global com transparência e relativa facilidade”, disse a IBM em um comunicado à imprensa.
O sistema já está sendo testado em dez “corredores monetários” entre ilhas do Pacífico, Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido. A estimativa é que, nos próximos doze meses, essa ferramenta possa gerenciar as transações de 60% dos pagamentos internacionais entre países do Pacífico Sul. Em 2018, a ideia da IBM é expandir a novidade para a América do Sul e para o Sudeste asiático.