Apesar de muitas pessoas acreditarem que toda a operação envolvendo Bitcoins – e o roubo dele – seja irrastreável, é fato que as pessoas sempre acabam deixando algumas migalhas pelo caminho. Isso, ao que parece, é o bastante para que a polícia faça o seu trabalho e prenda os responsáveis por converter dinheiro ilegal na criptomoeda.
O caso foi levantado pela Associated Press e diz respeito a Alexander Vinnik, um russo de 38 anos que foi pego em uma das maiores operações de lavagem de dinheiro da atualidade envolvendo a moeda digital. O suspeito foi preso na Grécia na última segunda-feira (24) e é acusado pelas autoridades dos EUA de utilizar o Bitcoin para esconder uma fortuna ilícita de US$ 4 bilhões – um valor que pode ser convertido em cerca de R$ 12,7 bilhões.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Russo foi preso na Grécia
Criptomoedas oferecem oportunidades para o bem e para o mal
Esse episódio prova mais uma vez que essas alternativas digitais – e descentralizadas – ao dinheiro de papel oferecem oportunidades para o bem e para o mal. A valorização da moeda, facilidade de troca, ausência de impostos e a possibilidade de fazer transferências internacionais sem burocracia, por exemplo, parecem arrebatar muitos interessados por soluções como Bitcoins e Ethereum.
A tecnologia, no entanto, também tem seu lado sombrio. Como as criptomoedas costumam escapar das regras e legislações vigentes, e, de quebra, contornam certas medidas de segurança do próprio mercado, não é raro que elas sejam usadas como recurso primário para criminosos dentro e fora da internet. Um exemplo disso é que, na dark web, esses tipos de moedas podem garantir acesso a drogas e contratos de assassinato.
Fontes