Oito anos. Daqui oito anos, praticamente não teremos mais operações de telefonia fixa, é o que acredita o presidente da Telefônica Vivo, Eduardo Navarro. Durante o Workshop de Telecomunicações da FIESP, em São Paulo, Navarro comentou que o desaparecimento da telefonia fixa deverá ser igual ao faz e ao telex, que foram encerrados após o final da concessão de contratos.
"Hoje temos 44 milhões de linhas fixas, mas porque ainda vendemos telefonia fixa com a banda larga fixa. Se houver a desconexão, certamente, a telefonia fixa vai desabar no curto prazo (...) A revisão da Lei de Telecom se faz necessária porque é preciso investir onde o Brasil precisa: Banda Larga", comentou Navarro, como destacou o Convergência Digital.
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Estamos apostando mais na banda larga móvel por conta da receita
Durante o evento, Gilberto Kassab, atual ministro Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, também comentou que o Brasil "deixa a desejar" em infraestrutura de banda larga. Além disso, que é necessário trabalhar muito para uma rede capaz de internet para todas as regiões.
Segundo a Anatel, são cerca de 2 mil municípios sem banda larga no Brasil. Ainda, não há qualquer tipo de perspectiva de investimento, pois também não há recurso público.
"O ritmo de investimento está sendo muito lento, muito abaixo mesmo. Nós mesmo, no ano passado, fizemos apenas duas cidades com banda larga fixa. Estamos apostando mais na banda larga móvel por conta da receita. E isso não é aceitável para o Brasil, absolutamente. E como nós, estão todas as demais operadoras", comentou Navarro, admitindo que apenas 400 cidades brasileiros têm uma velocidade de banda larga superior aos 10 Mbits.
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