Com a veloz popularização do bitcoin, uma criptomoeda e sistema de pagamento com base em protocolo de código aberto, uma série de instituições já começam a adotar meios virtuais de transações monetárias, evitando assim certas burocracias e o intermédio de organizações financeiras.
Sete grandes bancos mundiais, entre os quais se encontram o Santander, o CIBC e o UniCredit, já estão movimentando dinheiro de verdade através das fronteiras de países utilizando o blockchain, o livro-razão de contabilidade pública onde as transações são registradas. Essa tecnologia é essencialmente um banco de dados digital público de eventos que é mantido continuamente e verificado em blocos de registros e compartilhado por diversas entidades.
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Mudando a cara do sistema financeiro
No fim do último mês de junho, os bancos anunciaram publicamente estarem fazendo parte de projetos que realizam pagamentos internacionais usando ativos digitais. Em vez de realizar as movimentações usando contas com a moeda local em bancos correspondentes no mundo todo, as instituições convertem os fundos para a criptomoeda e completam a operação quase que instantaneamente. Anteriormente, essas mesas transações chegavam a demorar até 5 dias e apresentavam erros com frequência.
A adoção desse sistema de pagamento pelos sete bancos é “um grande marco, talvez um momento decisivo” na história da economia
Tudo foi feito através do protocolo de pagamento Ripple, que utiliza um sistema monetário chamado XRP e foi criado por Chris Larsen, que atua como presidente-executivo da plataforma. Segundo ele, a adoção desse sistema de pagamento pelos sete bancos é “um grande marco, talvez um momento decisivo” na história da economia. Ele também revelou que cerca de outros 80 bancos já estão fazendo experimentos na área, entre eles 12 das 50 instituições com maiores ativos no mercado.
O Conselho de Fiscalização da Estabilidade Financeira dos Estados Unidos (FSOC) afirmou que sistemas como o Ripple podem baixar os custos de transações e aumentar a eficiência da intermediação financeira, apesar de ainda apresentar potenciais riscos e algumas incertezas. Segundo o FSOC, “vulnerabilidades operacionais podem não ser notadas até serem implementadas em larga escala”.
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