Componentes podem nunca chegar ao mercado devido a impasse
Se você já achava que o advento dos SSDs foi uma grande evolução no armazenamento de dados com alta performance de transferência, imagine então como seriam dispositivos dessa natureza produzidos com a nova tecnologia de memórias com mudança de fase da IBM. De acordo com a empresa, os módulos híbridos criados em conjunto com uma universidade grega podem registrar desempenho de 12 a 275 vezes maior que o de memórias NAND, as que utilizamos atualmente em SSDs.
Isso acontece graças ao formato híbrido desses módulos, que combina memórias com mudança de fase (de material cristalino para macio) comuns aos modelos NAND e DRAM. Além da velocidade de transferência desses memórias, impressiona ainda a durabilidade das mesmas. Sua capacidade de mudar de estado quando necessário diminui o desgaste magnético dos materiais e proporciona milhões de ciclos de gravação, enquanto as memórias NAND atuais não passam dos 30 mil.
Promissor ou fracassado?
O projeto ainda está em fase de desenvolvimento, mas, nos testes da IBM, esse novo modelo tem mostrado desempenho incrivelmente superior às tecnologias atuais. Por conta disso, esse padrão de memórias é tido como o mais promissor para a próxima geração desses componentes.
Mesmo com isso, a IBM está enfrentando alguns problemas para desenvolver e colocar no mercado sua tecnologia. Como base de produção, a empresa está utilizando módulos de memória de 90 nm fabricados pela Micron, que recentemente anunciou que terminaria a produção desses aparelhos e sairia desse nicho específico, focando suas atividades em módulos 3D NAND. Com isso, a IBM perde sua maior parceira em potencial na produção de suas novas memórias.
Até o momento, não há informações sobre uma possível resolução para esse impasse e muito menos há previsões para que as novas memórias com mudança de fase da IBM cheguem ao mercado internacional.
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